sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Formiga Espiroqueta, 17.12.2012


Subir o nariz a 1000%... 

Comecei a me preparar com um certo receio de não conseguir dar meu máximo hoje. Estava muito cansada, tinha medo de chegar ao hospital e encontrar todos dormindo, Talita estava doente e não ia poder atuar... Muitas e muitas questões. Mas mesmo assim lá estava eu!

Que bom poder contar com o Juvenal! Que bom poder ouvir seus sábios conselhos do jeitinho que só ele sabe falar. Adorei ouvir o: “Formiguiiiinha”. Adorei toda a festa que fizemos, inclusive o casamento do meu amigo com a enfermeira! E o melhor foi ver como todos queriam participar; apareceu padre, dama de honra, florista... TODOS! Tanto gostei que quis casar também... Tive meu amor platônico, um pretendente muito do danado e um indeciso! Vai vendo!! Fiquei obcecada até ouvir o conselho de uma sábia que disse que casar não é o melhor a se fazer, então prontamente desisti!! Desisti de casar, mas como que por recompensa ganhei tantos amigos... Encontramos tantos olhares disponíveis, prontos a comprar nosso jogo e a oferecer novos jogos. Lindos demais! Como é possível uma pessoa com dor, sofrendo, sorrir de um jeito tão bonito, tão sincero? Nessas horas eu vejo o quanto a correria e todos os receios do dia-a-dia aprisionam a gente. Vi que, enquanto usava o cansaço pra justificar seriedade, tanta gente com dor usava um sorriso, injustificavelmente. Vi o quanto QUERER ser feliz é tão importante. E nessas horas eu entendo melhor por que tudo o que eu quero, eu preciso querer MUITO! 

Um bjoo gigante!

Formiga Espiroqueta

João Canelão, 27.11.2012

Essa atuação aconteceu no Hospital Dom Malan com as minhas melhores companheiras do mundo Valesca Recheada e Franchesca Mil por hora.

Antes mesmo de começar a atuação nos deparamos com um problema. Cadê a chave do local onde nos maquiamos? Esperamos mais de uma hora até aparecer o cara com a bendita chave. Isso pode parecer irrelevante, mas ficar esse tempo todo esperando pra atuar é um pouco desgastante.

Mais uma vez, afirmo que atuar no hospital Dom Malan é muito mais difícil que atuar no HUT. Atuar com crianças é muito mais complicado e todo essa complicação está em, cada vez mais, pôr verdade no que se está fazendo. Percebo que lidar com crianças é muito mais complicado pela dose de verdade que se está colocando em jogo. As crianças não aceitam mentiram, as crianças rejeitam com avidez qualquer brincadeira forçada.

Acho que o segredo de lidar com essas crianças é se divertir também, se divertir de verdade. Mas as vezes isso pode ser muito difícil de se obter.

Durante a atuação percebi que não estava rolando uma química muito boa entre os clowns. Parecia que cada um estava jogando com uma pessoa diferente e isso pode ter atrapalhado muito a atuação. Temos que lembrar que estamos no hospital para jogarmos com nossos companheiros e não para atuarmos sozinhos.

Senti também que estava faltando um pouco mais de verdade nas minhas companheiras. Confesso que em alguns momentos também não fui a pessoa mais verdadeira do mundo, mas quando eu percebi que a palavra fundamental era verdade, a minha atuação tomou outro rumo e melhorou significativamente.

Além de todas essas reflexões que também falar um pouco de certos fatos que ocorreram comigo. Mais ou menos no meio da atuação, no corredor, chegou um menino e começou a me dar pequenos golpes na barriga. Na mesma hora, lembrei de um caso parecido que foi relatado na época da minha formação como clown. Sem titubear comecei a travar uma luta imaginária com o menino. Nessa luta eu não recebia mais golpes no corpo; e sim, golpes imaginários, quando dei por mim estava em uma luta épica entre eu e duas crianças. Foi assim que consegui me livrar dos golpes do garoto e ainda me divertir.

Outra coisa que aconteceu foi uma rápida brincadeira que inventei. Lembrando da minha dificuldade de assimilar nomes de pessoas e da importância de promover encontros no hospital, inventei a brincadeira dos nomes. A brincadeira consiste em falar bem rápido o nome das pessoas do quarto de forma aleatória e ainda apontando para cada pessoa. Confesso que quem mais se divertiu fui eu.

Diário de Bordo Ramom del Tamborete - 19/12/12


Hoje não é o Ramon que escreve, é tão somente o Rafael, um Rafael ávido por ser Ramon, por voltar ao jogo, um Rafael ávido por encontros. Tudo isso porque ontem eu assisti uma atuação dos meus melhores companheiros do mundo, isso mesmo, SÓ assisti. E desde o momento em que eles subiram os narizes eu senti que faltava algo, era o meu nariz que faltava. E a cada jogo lançado eu queria comprar e brincar, mas eu não podia, estava sem nariz. E eu pensava em um sem número de jogos e interanções, mas eu não podia, pois estava sem nariz. Foi lindo ver meus amigos atuarem, eu me diverti, eu ri e acabei interagindo com alguns pacientes de uma forma que eu não poderia interagir como Clown, mas foi extremamente agoniado estar sem meu nariz, sem minha máscara que expõe o meu ridículo, estou com saudades do Ramon e ele, com certeza, está com saudades do jogo.
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                    Rafael
                                                                                                               Petrolina, 19/12/2012

domingo, 16 de dezembro de 2012

Atuação no HDM – clínica pediátrica com Pinika Dôrada, Bebelu Tithele e Miojita Espuleta 20/07/2012


Dom Malan – voluntariado – chave – porta – roupas – maquiagem – nariz – nariz? Vixi cadê nossos narizes? Tudo pronto para subir o nariz e?.... Jéssica Richelle e eu os esquecemos, como assim? E agora? Pensamos e nada! Daí Lis teve uma ideia generosa: vamos todas atuar sem as máscaras, vamos fazer nossa máscara agora com pancake vermelho. Que lindo isso!!! Em pleno dia dos amigos, essa foi a forma mais simples e verdadeira de dizer que estávamos juntas e que ela abriria mão do seu lindo nariz para ficar com suas companheiras! Achei isso de uma riqueza que dinheiro nenhum compra! Quero muito te agradecer Lis por nossos momentos felizes e tristes juntas... (pronto agora meu diário de bordo virou declaração de amor, hehehe) Continuando... já se vão 5 anos de convivência, encontros, alegrias e muita bobagem. É bom demais ser ridícula com vc colega linda! Bem, voltando ao Dom Malan... Pintamos os nossos narizes e foi muito estranho subir o nariz sem nariz! Sentir um pouco de dificuldade em me manter em estado de Clown, conseguir e fui, fomos, lindonas a espera do nosso público. Foi uma atuação de muito aprendizado e pesquisa (como diz nosso mestre, Gentileza), Miojita ainda estranha seu público infantil e Hort´s fica se perguntando de está indo pelo caminho certo.
Encontramos princesas, crianças que tomaram todinho e cresceram demais, empreguetes, pais-crianças e crianças-pais, médicos, enfermeiras, recepcionistas, visitantes, voluntários, um público diverso e disposto a encontros lindos e fantásticos. Mesmo sabendo que meu desempenho não foi legal, pelo fato de está sem minha máscara, fico com dois momentos incríveis da nossa atuação: a fantástica V – uma menina de 4 anos que me mobilizou muito e o jovem M. de 13 anos, duas crianças que me fizeram vibrar de emoção e satisfação por ter arrancado um belo sorriso, se comunicado através do olhar, promovido um encontro mágico e verdadeiro.

Diário de bordo -Francesca Mil Por Hora


Petrolina, 27 de novembro de 2012.

Querido diário de bordo, Atuação no Hospital Dom Malan, foi cheios de surpresas, primeiro  minha equipe era  Rayanna e Fernanda Oliveira, mas teve uma mutação na escala, pois, a equipe de hoje era João Canelão, Valeska Recheada e Jujuba Magrela,por fim,hoje atue com João Canelão, Valeska Recheada,pois Jujuba Magrela desapareceu.Ainda,para termina aonde esta a galinha de Maceió(chave do quanto),ficamos esperando 1 hora para atuação.

Mas, atuação foi fantástica obrigada a meus melhor companheiros do mundo, pois, a reciprocidade era evidente, cada jogo ou brincadeiras que criamos e reconstruímos com meus amigos da turma da Monica  e companheiros foram  esplêndidos. Era tanto estimulo, tanto sorrisos e olhares.

Termino meu diário de bordo, com  treco da musica  Eterno Aprendiz de Gonzaguinha:


Eu fico
Com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...
Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz..

DIÁRIO DE BORDO Xena Macaxeira 27/11/2012


Depois de um longo dia de muitos imprevistos, finalmente Eu, Lis e Emmanuel conseguimos atuar, ou melhor, Xena, Pinik e Juvenal. =D
Tirando a parte que tivemos que atuar da 18h45 até às 19h45 porque eu tinha outro compromisso programado às 20h, foi tudo bem.
No início me senti meio estranha porque não atuava há muito tempo, mas depois fui melhorando, não cheguei a 100%, mas no decorrer das próximas atuações da pra recuperar a energia.
Foi uma pena ninguém ter levado a câmera, Priscila nos assistia e infelizmente não teve como tirar fotos.
Passamos a maior parte do tempo em dois quartos, e duas pessoas me chamaram atenção: D., uma menina que parecia ter 12 anos, mas que deveria ter mais, já era casada e mãe de família (!) e Seu J., um senhorzinho que olhava para nós sem fazer nenhuma expressão e apenas se escondia. D. entrou no jogo conosco e foi bem legal. Seu J. não, mas nós tentamos, ao irmos embora ele começou a chorar e clamar por Deus e todos os santos, não sei se porque ele queria que fossemos embora ou porque queria que ficássemos, deu muita dó, dava vontade de abraçar aquele velhinho e ficar com ele pra mostrar que tudo iria ficar bem. Desde que chegamos ouvimos a fama de bravo do Seu J., mas ele me pareceu apenas com medo do desconhecido. Eu entendo o Seu J. Acho que todos nós nos sentimos assim às vezes, eu tenho me sentido muito assim ultimamente, mas, ao contrário do Seu J., eu não demonstro sendo brava ou chorando, faço de conta que nada está acontecendo, mas aí é outra história.