quarta-feira, 16 de abril de 2014

Rosinha das Alturas - Semana de Humanização 08/04/2014


Enfim, já estou sob advertência por postar meu diário atrasado, mas foram muitos os pensamentos e as reflexões acerca dessa semana, e ainda estou procurando palavras para descrevê-los, vamos lá.

Cuidar não é apenas Ato, é uma atitude”
Leonardo Boff

Essa frase resume bem o sentimento que tentamos transmitir esses dias da Semana de Humanização. Em plenas férias, nós da UPI em conjunto com a Prefeitura de Juazeiro realizamos alguns eventos, como uma Exposição Fotográfica, mostrando a todos na Praça da Misericordia um pouco mais sobre a UPI, que através da palhaçoterapia serve como um dispositivo essencial a humanização, principalmente, nos âmbitos acadêmico e hospitalar; Uma roda de conversa com Doulas, voluntárias do Parto, aprofundando o tema Humanização do Parto e um Jardim do Cuidar no Hospital Materno Infantil.



É engraçado e frustrante quando falamos de humanização, é o ser humano pensando em estratégias para se tornar e tornar o outro mais humano. Todavia, é imprescindível que essa temática se dissemine, que essa atitude se dissemine. Porque humanizar é entender a complexidade do outro, é cuidar. E essa semana permitiu que ampliássemos nosso conceito, enquanto estudantes e sujeitos, acerca desse cuidado, como atitude diária e para todos. Eu experimentei isso em todos os sentidos, enquanto Tathyane, integrante da UPI, explicando sobre o projeto, dando e recebendo atenção às/das pessoas que por ali passavam, e enquanto Rosinha tentando estabelecer encontros, cuidando não só pela graça, pelo abraço, mas pela atenção. Todavia, é importante que tenhamos em mente que nem sempre conseguiremos cuidar como queremos, de fato, do outro, nem sempre conseguiremos entender quão complexo ele é, como aconteceu em um caso no Hospital, em que diante de tentativas sem sucesso com pequenos gestos, o se afastar foi a melhor solução. É preciso deixá-lo aliviar a tensão e respeitar esse momento, é um cuidado diferente.

Quanto às atuações, pela primeira vez atuei como monitora, na verdade apenas uma companheira que dá uns toques e foi um pouco desesperador, mas também tranquilo, porque eu não estava sozinha. Estava no Hospital Materno Infantil com a companhia simples e encantadora de Esperança, mestre em aramaico e em cativar os outros e Mariqueta, especialista em ouvir as bananas de terra, tão carinhosa e tão cheia de vontade. Juntos, viajamos em busca de aventuras, em busca de encontros, de caminhos. Conhecemos a 'rainha', a quem fizemos reverências e fomos privilegiados em sair nas fotos; Fizemos uma denúncia em relação ao moço do alcool em gel, que estava viciado no celular e deixava a santinha tristinha; Como bons executivos, conversamos sobre transferências e depósitos de pacientes; Conquistamos um moço que estava todo cabreiro conosco, e que queria saber quantos 'graus' estávamos no colégio; Conversamos com algumas mães que comeram banana da terra, e entendemos que as bananas são importantes para o mundo crescer; Contamos com uma médica 'dos ouros e joias', para dar as receitas para as mulheres, ensinando como tirar a semente da banana e como se alimentar.

Mariqueta, Esperança e Rosinha
No abraço grátis na Praça da Misericordia, junto com meus melhores, Hércules, Magali, Lupita, Mariqueta, Zefinha, subimos o nariz na policlínica e saímos a procura da Praça da Misera, mas poucos sabiam nos orientar. Quando nos dividimos, tive o prazer de ter a grande companheira Magali ao meu lado. E fomos a busca de novos encontros. Conhecemos um pouco das histórias dos apanhadores de sonhos e dos pega ladrões; Entendemos através de um jovem como amortercer uma queda com a bicicleta; Andamos de 'moto', tentamos, mas Rosinha é um desastre, quase cai ela e Magali da bike; Vimos um moço sequestrar uma pessoa para levá-la para fabrica da felicidade; Conversamos com os 'bananas' e quase mostramos uns golpes de karate, boxe pra eles e com Dona Help tão gentil, a dona dos Psiiiicolé; Conhecemos as primas coloridas, como nós, que cuidavam uma da outra, e dentre elas tinha uma guardiã do arco iris, que também era modelo e fez uma pequena exibição pra todos; Conhecemos o cara da coca cola que, assim como Magali, toma num tapa, num murro, num chute 2litros de refrigerante; Outrora, Rosinha virou tripe, enquanto Magali mostrava seus dotes artisticos, afinal o clown é tudo, ele faz de tudo. A cartunista era tão boa, que o desenho chamou atenção de um cara que passava, que ele também quis levar um desenho pra casa; Parabéns, 'Magali Da Trinta'. E os holofotes eram tantos, que o dublador de Syd da Era do Gelo, logo se encantou e nos permitiu conversar com ele, ele até autografou o desenho de Magali. Finalizamos essa tarde atrás de nossos companheiros para irmos a uma viagem ao rodeio.

Magali e Rosinha verificando os PSIIcolés! :P
Parece bobo e duvidoso quando pensamos que ações como essas e gestos tão simplórios podem mudar alguma coisa. Engano! Podem! Nesse processo esquecemos que são os gestos mais simples ('menos é mais') e as atitudes de atenção com o outro, são o que, de fato, nos humanizam. Obrigada, meus melhores por estarem comigo, por dividirmos esses sentimentos. Temos muito a aprender, começamos a vivenciar um pouco mais do universo do cuidar, espero que nossos sentimentos, nossas atitudes se intensifiquem e cativem outros cada vez mais. Ansiosa para próxima vez! ;DD






sábado, 12 de abril de 2014

Lupita Toin-oin-oin – Semana Nacional de Humanização do SUS – de 7 a 11 de abril de 2014

Que semana incrível, cheia de momentos maravilhosos. Na segunda, logo cedinho, estávamos lá na Praça da Misericórdia, arrumando a nossa linda exposição (com aqueles varais incríveis repletos de imagens marcantes). Ao longo do dia fomos apresentando o nosso trabalho, e era gratificante ver nos olhos do outro o interesse em conhecer aquele pedacinho de nós (a nossa UPI) e sem falar dos elogios que recebemos e incentivos para seguirmos adiante. Nessa manhã linda e nublada também pude ser mais uma espectadora da bela atuação de Mariqueta, Rosinha, Pedrinho, Zefinha e Frufruta. Vi jogos legais, momentos peculiares, cenas de brilharem o olhar. Quando a tarde, era momento de Lupita se fazer presente, e ela não hesitou em estar ali. Junto com Zeca, Zefinha e Miojita, eles saíram distribuindo olhares, encontros e abraços. Nessa tarde, Toin-oin-oin conheceu Onix, um menino lindo e encantador que se deixava seduzir a todo momento por aquela magia proporcionada pelo mundo clownesco. E nós corremos, pulamos, brincamos, muitas diversões. Naquela tarde também conhecemos dois vendedores de picolés hilários, que o seu maior sonho é ganhar no ‘Vale da sorte’ para ter muitas mulheres; inclusive, o apelido de um deles é Barão (pai de jogador, cantor e ator). Conversa vai, conversa vem, Lupita e Zefinha acabaram ganhando dois picolés (que estavam uma delícia...hum!) E muitos outros momentos rolaram: casamentos feitos e desfeitos, muitos outros abraços e etc.
                No outro dia (terça) pela manhã, depois de uma intensa e volumosa chuva, não podemos estar na praça. Mesmo assim eu fui La, e confirmei essa impossibilidade. Pela falta da internet, perdi-me dos meus companheiros, quando depois eu soube que eles estavam na Maternidade atuando. O sol insistia em se fazer presente e então possibilitou o nosso retorno para a praça, onde Lupita se faria mais uma vez presente. E foi uma atuação incrível. Estávamos lá eu (Toin-oin-oin), Hércules, Rosinha, Mariqueta, Zefinha e Magali. Toin-oin-oin e Mariqueta (sua melhor companheira do mundo) embarcaram em um universo rico em magia. Conheceram um simpático senhor que a princípio parecia esconder balas quando na verdade ele dizia ser remédios para a diabetes... “DIA-BETES? Por quê? Ela só se manifesta ao DIA?” – E ele respondia: “Não,é de dia e de noite!” E nós: “Mas o nome está errado, deveria ser DIA-NOITE-BETES!”(kkkk) E ficaram nessa indagação por um bom tempo. Em um outro momento, aproximamos de outro senhor que dizia ser da reciclagem. Logo nos perguntou de onde éramos, e ao retribuir a pergunta, ele nos confessou ser de outro planeta (As Arábias). E então perguntamos se lá tinha tapete voador e se ele nos ensinaria a pilotar um. E eis que nos rendemos à magia, e voamos nos nossos incríveis tapetes (feitos de caixa de papelão desmontada). E nossa tarde teve muitas outras emoções.
Foram duas tardes de atuações encantadoras e apaixonantes! Mesmo que Toin-oin-oin estivesse em um espaço aberto que a intimida um pouco. Mas lá estava ela satisfeita e radiante.
Na quarta aconteceu a construção do Jardim do Cuidado na Maternidade de Juazeiro. E lá estávamos novamente , mas dessa vez com a mão na massa, ops, digo, na terra. Catamos pedras, cavamos buracos, plantamos, separamos pedras (as vermelhas das brancas), arrancamos gramas mortas, podamos. E recebemos uma grande ajuda que veio do Seu José, que fez boa parte desse trabalho. Muito obrigado, Seu José! Aquele jardim hoje é mais lindo graças ao empenho de tantas mãos firmes e cheias de vontades! Agora faltam os bancos para podermos apresentá-lo à comunidade. E se regarmos com muita água, amor e carinho, este se tornará um refúgio encantador, tranquilo e sereno.
Na quinta, não participei, pois era um reencontro de um curso que já havia acontecido em um momento anterior.
Mas, sexta, estávamos todos lá para uma roda de conversa sobre/com as Doulas. Tivemos a oportunidade de conhecer um pouco mais de um belo trabalho voluntário, com direito a fortes emoções que iam de risos a lágrimas. Conhecemos mais o parto humanizado e as lindezas que são as ações da Maternidade (Fabíola encantou a todos *-* ).
E aqui quero deixar o meu agradecimento a todos que se empenharam para fazer dessa semana mais humana, deixando um pouquinho do seu suor, abdicando de horas a menos de sono, contribuindo com o seu sorriso, dando a oportunidade de se encontrar e ser encontrado, ratificando o que há de família na nossa UPI. E agradeço a todos aqueles que nos permitiram mostrar um pouquinho de nós. Que essa árvore dê muitos galhos e sementes!

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Magali Malagueta. Terça-feira, 8 de abril de 2014. Semana de Humanização do SUS

HumanizaSus. Humanizar a saúde.
A semana de humanização do SUS estava no seu segundo dia e para lá íamos eu e Magali para a nossa segunda atuação. Aquele estava sendo um dia corrido, a tarde, quente e cansativa. Mas ganhou ares e cores diferentes ao chegar à praça onde estava sendo realizada a exposição de fotos, pois pude me deparar com sorrisos cativantes e olhares sinceros, tanto os dos melhores companheiros do mundo que nos esperavam, quanto daqueles eternizados e pendurados nas mais doces fotografias, que embelezavam e coloriam a praça com abraços e narizes vermelhos. Ótimo estímulo! Coloquei meu cansaço numa sacola e a deixei no canto. Ali me interessava estar cheia de energia, energia essa que foi se achegando ao me deparar de novo com a Magali no espelho, aqueles traços e detalhes tão seus, e ao subir o nariz (essa máscara que toda vez que é colocada traz consigo sensações diversas).
Sinceramente, acho que a praça ficou pequena pra tanta empolgação por parte da Magali e de seus companheiros da tarde: Mariqueta Boabunda, Zefinha Laranjeira, Lupita Toin-oin-oin, Hércules do Encanto e Rosinha das Alturas. Tive o prazer de ter a Rosinha como melhor companheira do mundo, formamos uma duplinha dinâmica e juntas tivemos encontros fascinantes. Papeamos e desfilamos com as estilosas “primas arco-íris”, duas adoráveis e sorridentes senhoras; interrogamos um sujeito que carregava uma grande caixa até ele nos confessar que lá dentro tinha uma pessoa que ele havia sequestrado pra levar para a máquina da felicidade... bom, como a causa era nobre, nós deixamos ele seguir seu caminho. Descobri mais uma vez que o clown é especialista em tudo: lá estava Magali mostrando todo seu talento artístico fazendo caricaturas dos visitantes da praça por um preço baratinho (apenas dois abraços), contando com o apoio do melhor tripé que qualquer desenhista já teve: minha cara companheira Rosinha das Alturas. Fui (auto) batizada como Magali DaTrinta, porque DaVinci é pros fracos. Peguei carona com Rosinha numa bike que tinha um motor estranho atrás, que segundo o dono fazia dela uma moto, mas tenho a leve impressão de que ele estava tentando nos enganar. Caí fora depois de andarmos cerca de dois metros, muita aventura pra o coraçãozinho de Magali.

Corre pra lá, corre pra cá. Os jogos foram fluindo, sorrisos foram sendo abertos, alguns abraços dados e outros recebidos. Em meio ao corre-corre da vida cotidiana, pessoas apressadas passavam. Algumas delas se permitiram uns instantes para brincar, sorrir e olhar, nem que fosse de relance, para as fotografias expostas. Recadinhos sobre o que é a Humanização também foram entregues. É gratificante imaginar que pudemos proporcionar algo diferente em pelo menos uma pequena parcela do dia de cada uma das pessoas com quem encontramos, e é evidente que cada um desses encontros foi marcante para nós, pois somos os primeiros a serem afetados. Um convite à brincadeira que se mostra séria ao nos fazer refletir sobre a simplicidade das coisas e sobre a necessidade que o humano tem de acessá-la para se sentir bem. Um momento de cuidado, de acolhimento e promoção de bem estar que tem tudo a ver com saúde.

A Magali estava radiante e enchendo ainda mais sua jarra, a Dalila estava grata e com a sensação de que vale a pena doar um pouco de si pro outro. Fica a lição de que é preciso estar sempre pronto a ouvir e ser tardio e cuidadoso no falar, e “nunca deixar de ouvir com outros olhos.”  

Paputcho – AbraSUS do Reencontro – 10/04/2014

Depois de longos meses sem aquele espaço de cuidado, eis que chegou o dia do reencontro com aquele grupo de cuidado. Encontro esse proporcionado pela Semana do HumanizaSUS de Juazeiro-BA. E quando o convite, proposto pela querida colega Loya, foi feito para realizar a recepção do reencontro, ai num deu outra coisa, foi juntar alegria com alegria e formar um punhado de alegrias.
Mas foi assim, abraços aqui, abraços acolá, todos chegando e se deparando com a alegria que estava e que chegava, mas aos poucos a alegria encheu o espaço e precisou, mesmo que inconscientemente, se espalhar e com isso encheu as salas e corredores do Centro de Saúde III, até não tava mais lembrando que Paputcho tinha que dá espaço para o Louri, já que esse estava sendo esperado pelos companheiros de cuidado e com isso continuar o dia de alegria.
Mas isso só aconteceu depois que foram distribuídas muitas flores que precisavam de tereno fértil para vingar e crescer, se bem que foi detectado que em outros terrenos as flores não foram plantadas, visto que foi percebido muitos frutos no lugar das flores.
Sei que muitos não vão entender, mas isso é real, só que mais entendível quando dito com outras palavras, tais como menino, menina e o resto é imaginação e pura especulação.

Homi, vamos simbora que a aurora não foi boreal. 

Zefinha Laranjeira - HumanizaSUS - 07 e 08 de Abril


“Sem horas e sem dores,
Que nesse momento que cada um se encontra aqui e agora,
Um possa se encontrar no outro,
E o outro no um...
(O Teatro Mágico)


               Olá diário,

Estou muito feliz de poder escrever-te para contar o quão lindos foram os meus últimos dias.  Arrisco-me a dizer que tenho dúvidas se Zefinha irá ter (em breve) o privilégio de tantos encontros como pôde ter em tão pouco tempo... Em meio a uma exposição carregada de sorrisos, uma imensidão de pontinhos vermelhos armazenados em lindas fotos (representando os nossos companheiros que não puderam estar lá) e “um tantão” de energia transbordando delas, tivemos a honra de encontrar tantas pessoas na Praça da Misericórdia, em Juazeiro-BA.


Encontrei a oportunidade de atuar três vezes durante esses dois dias. A primeira delas aconteceu pela manhã do dia 07, na companhia de Mariqueta, Pedrinho, Frufruta e Rosinha dos Retalhos. Pude encontrar com a D. Maria que falava das dores causadas pelas veias estouradas, mas que não comprometiam o sorriso no rosto e a disponibilidade e abertura que ela tinha no olhar; a D. Sandra que era modelo, mas se disfarçava de vendedora de bombons na praça (até a filha dela entendia de moda, deu até um curso de como desfilar na praça); o Denilson, jogador da seleção, que nos deu a honra de ver um gol ao vivo (Mariqueta era a bola, enquanto Zefinha e Frufruta eram a trave); o Sr. João dos olhos azuis, que no início não quis muito papo e depois acabou dando aulas de como pilotar uma carroça (nessa hora Zefinha e Frufruta se transformaram em belos jumentos); a Regina, que era mulher de um jogador do Vasco, tão descuidado que deixou ela comer uma melancia INTEIRA.. coitada, mal conseguia andar com todo aquele peso (tivemos que explicar a ele como ser mais cuidadoso e atencioso com ela); o moço que era piloto de avião, mas tava vendendo água de côco por uns dias... e com um abraço deu pra comprar um copo dos grandes; a moça super heróia, que tinha quatro pernas e um sorriso que hipnotizou todas nós; o seu Francisco, que pra ele tava tudo muito bom... até nos ensinou a nadar, quando descobriu que Frufruta só podia ser um peixe porque tinha nascido entre Juazeiro e Petrolina (em plena barquinha); Enfim... foram tantos encontros que não conseguiria colocar todos aqui.



                Na tarde do dia 07, pude atuar com Zeca, Miojita e Lupita (que coisa mais linda esses clowns!).  Passei grande parte da atuação com Lupita e após ganhar uns bons abraços, percebemos que algumas pessoas não estavam entendendo muito bem a mensagem no nosso cartaz... liam e passavam direto. Até que uma moça que já tínhamos encontrado nos chamou e disse: “vieram me perguntar se vocês eram surdos, mudos, forasteiros.. se tavam pedindo ajuda. Falaram que leram e não entenderam o que vocês queriam.” Olha que povo doido, só tinha escrito ABRAÇOS GRÁTIS e não conseguiam entender... Quando a moça explicou, eles correram pra nos dar um abração e pedir desculpas por ter passado direto.
                Nessa parte do dia, nós encontramos o Sr. Galego vendendo picolés. Ele nos explicou o que era mixaria, queria nos dizer que não era rico, não tinha dinheiro (mas depois descobrimos que ele era mais rico do que pensava, pois nos deu picolés para agradecer a conversa... ele deve ter pensado que riqueza  tinha a ver com dinheiro... se confundiu todo); quase morremos de medo de um cachorro super bravo que instalava o terror na praça; fomos ao casamento de Miojita; casamos com Zeca (é, um casório triplo); encontramos uma vovó linda que ia nos dar uma palmadinha pra não bagunçarmos, mas acabou dando um abraço daqueles quentinhos de vó! Aaahh, que delícia!



Já no dia 08, a atuação foi a tarde junto aos companheiros Magali, Mariqueta, Hércules, Rosinha das Alturas e Lupita. Logo de início encontramos um grupo de “Homens  bananas", ou era alguma coisa dos bananas de pijamas.. não sei. Eles nos informaram que aquela era a praça da Miséria com corda que tanto procurávamos. Ao chegar ao centro dela, nos deparamos com um Castelo e dentro dele um lindo príncipe chamado Luís (que estava fingindo brincar, pra que ninguém invadisse sua casa).
Nos dividimos em duplas e passei a atuação na companhia de Hércules. Logo encontramos uns rapazes sentados no banco que estavam vendo o tempo passar e, pelo que disseram, passavam o tempo todo vendo o tempo passar; após algum tempinho percebemos um grupo recolhendo algumas coisas e ao perguntá-los o que seria, nos disseram que era papelão para fazer sopa (isso mesmo, sopa... falaram até os ingredientes, que era uma delícia). Só depois de algum tempo eles nos disseram a verdade: eram salvadores do planeta, estavam ali todos os dias a tarde e recolhiam cerca de 7 mil toneladas de papelão pra reciclar e proteger o planeta... eu e Hércules ficamos impressionados em conhecer esses heróis. Saímos contando a quem encontrávamos pela frente!
Depois disso, nós encontramos uma senhora bem simpática que nos falou um pouco sobre Petrolina e Juazeiro, como eram cidades tão próximas e tão diferentes; tivemos a honra de conhecer o Davi, um bebê lindo que sorria por qualquer coisa e só bastou estender os braços pra que ele viesse pro colo e “voasse” direto no nariz de Zefinha (foi por pouco..kkkk); não posso esquecer da moça do guarda chuva fashion, que mora em Salgueiro (uma cidade onde parece que tudo é de sal, mas que ela disse que é bonita e tem muita vaquejada) e da outra que nos contou que há uma parte mais divertida de Juazeiro que fica do outro lado da banca (pense numa banca grande.. nunca nem tinha visto).
Enfim, partimos para o rodeio que nos esperava e pudemos concluir essa atuação tão linda e ao mesmo tempo leve! 



E posso definir "leveza" como núcleo desses dias... pois foi exatamente assim que pude me sentir ao ver cada um daqueles olhares, sorrisos e abraços. Ao ver que me sentia mais segura nesses dias, ao poder sentir o quão lindos são nossos monitores ao nos passar tanta confiança e força num único olhar, e principalmente... ao ouvir tantos "obrigado(a), vocês não sabem como isso faz bem!" após um abraço apertado.




Frufruta Doce - Humaniza SUS - 07/04/2014




Outra vez atravesso o São Francisco para me encontrar comigo. Frufruta Doce já tomava conta de mim ao ouvir uma música loucamente feliz! Aquela segunda-feira prometia um Abraço Grátis mais que especial; abraçamos a causa de promover um sistema de saúde mais humanizado e fomos para a Praça da Misericórdia, em Juazeiro, distribuir alegria e amor. Pra quem não sabe esse cuidado é o mais importante de todos, pois melhora a vida, a saúde, a alma... ou seja, melhora tudo, prevenindo e ajudando a sarar qualquer problema de qualquer âmbito (vixe, essa palavra existe mesmo ou eu inventei? O.O) !
Pois bem! Como ia falando, minha querida Frufruta é metade petrolinense, pela sua formação, e metade juazeirense, por seu desabrochamento em flor-fruta. E não é que nasci numa barquinha no meio do meu amigo Velho Chico!! Daí, fui contar minha história pra uns senhorzinhos simpáticos e galantes que estavam sentados, comemorando a amizade de longa data deles e o tempo fresquinho que ainda fazia, pois havia chovido na noite anterior: imagine-se na cena comigo, pois a prosa foi deliciosa! A pracinha estava úmida, cheia de poças rasinhas, as árvores ainda tinham seu tronco escurecido pela chuva que molhou também suas folhas, e estas deixavam escapar uma ou outra gota, nos preocupando muito, porque poderiam molhar nossas fotografias expostas. Esses retratos-batidos-por-gente-que-entende-do-assunto tinham o fantástico propósito de mostrar pros passantes que passavam na praça (e também pra todos que não passaram na praça) que saúde não se melhora só com pírulas que entalam a gente e tem hora marcada pra ter que se entalar! Cuidado, carinho e atenção fazem um bem danado pra nossa saúde e, assim, um bem danado pra gente! E tudo isso é o que a gente quer passar dando abraços apertados e aconchegantes..!

Falando em abraço tem uma lembrança coçando dentro da minha cabeça, tentando me lembrar de algo que esqueci... Pera... uhm, pracinha molhada + fotografias + abraços aconchegantes... Aaah! Eu tava falando do meu nascimento pros senhorzinhos charmosos, um era bombeiro e me ensinou a nadar (poizé, eu que não sabia por peças do destino), outro senhorzinho trabalhava como engenheiro mecânico industrial de uma mineradora (uia! lembrei a profissão toda!) e ele num me ensinou nada porque eu nunca que ia querer entrar num buraco fundíssimo sem ver a luz do sol pra procurar pedra. Lugar de fruta é acima do chão e de preferência sã e salva! Um outro ensinou a Mariqueta Outro-nome-que-não-posso-falar hihihi! a andar de carroça, e por um segundo virei uma jumentinha pra carregar minha companheira. Ganhei muitos abraços deliciosos dos galãs da pracinha! Tão aconchegantes que até repeti! Pronto, acho que agora não me perco mais, porque tinha começado a falar, me empolguei, me perdi, voltei e agora tá tudo certo! Não sei se tá entendível, mas falei tudo...
Pera de novo! Ainda num falei tudo :D
Me agarrei a Zefinha Laranjeira para conquistar sorrisos desconfiados de crianças que que nos buscavam ansiosamente com olhares travessos e meigos. Encontramos supermodelos disfarçadas de gente comum e uma moça que usava um anel no lenço ao invés de usar no dedo, a pobre vinha sendo enganada pelo namorado que ainda tinha derrubado ela de moto... Ah, e não posso me esquecer da melhor água de coco de Juazeiro, do quiosque móvel do piloto de avião com óculos maneiro que só pilotava fogão!
Saí de lá caminhando em nuvens, com a alma leve e minha jarra transbordando porque pude aproveitar meus encontros. Não estive num palco e nem queria estar, me joguei na plateia, pois lá é meu lugar; encontrando e me deixando encontrar. AVISO IMPORTANTÍSSIMO: A rima não foi intencional, mas até que ficou legal! Não....não ficou nada bom....
Pronto, agora terminei.
Eu, Frufruta Doce, me despeço - mas só por enquanto – agradecendo aos melhores companheiros do mundo!


Fico aqui com gosto de quero mais!

Pedrinho Palito - 1º dia da Semana Nacional de Humanização – Praça da Misericórdia

Após uma longa viagem vinda de minha cidade com chegada às 2hr da manhã e acordar neste belo dia as 6hr para fazer minha segunda atuação, por incrível que pareça eu amanheci bem disposto, tinha expectativas para que aquele dia fosse bem produtivo. Ao chegar à praça fomos logo montar a exposição de fotos e organizar os varais onde colocaríamos as famosas caixinhas. Temos imagens dessa grande aventura que tive ao subir nas costas de Artur para colocar os varais, vejam a seguir:

Estrutura bem encaminhada partimos para o local onde se arrumaríamos, os novinhos (Eu, Carla, Jully e Cassia) e a monitora ( Sandrielly). Entramos naquele hospital e a responsabilidade já começava a surgir, todo o processo de maquiagem foi bem rápido e para subirmos a energia foi diferente do que era antes onde tínhamos uma sala cheia de clowns, nem todos dos nossos melhores companheiros estavam ali, eramos apenas cinco, mas dava para sentir aquela energia coletiva que conseguíamos atingir em sala. Clowns em alerta, estavam ali naquele novo ambiente Mariqueta Boabunda, Rosinha dos Retalhos, Zefinha Laranjeira, Frufuta Doce e Pedrinho Palito. O caminho do hospital a praça foi meio longo e produtivo, tivemos vários encontros e logo logo acabamos nos dividindo em dois grupos: Pedrinho Palito e Rosinhas dos Retalhos; Zefinha Laranjeira, Frufuta Doce e Mariqueta Boabunda. 


Nesse caminho nos encontramos com uma mulher que estava com as veias quebradas que acabou falando que adorava nosso trabalho e que estava mais feliz, mais a frente foi a mulher dos baldes, que por sinal estava bem na moda, porque volte e meia que dávamos nos encontrávamos com outra mulher e outro balde e outra mulher... Descobrimos então que ali era um novo sucesso onde o balde era para lavar roupa, de um modo onde não se gastasse energia, fizesse exercício com os pés para pisar e lavar, e não precisasse de maquina de lavar ;D Mais um menina que acabamos nos esbarrando no caminho, agora era uma modelo que nos ensinou a desfilar e tudo mais... Sua mãe com seu jeito meio mãe de ser acabou se envolvendo no jogo e desfilou conosco naquela passarela linda que no final acabamos com vários abraças e trocas de energia. PRODUÇÃO, IMAGENS POR FAVOR.

Conhecemos então o homem que precisava de um chip pra falar, a principio fiquei meio apreensivo para jogar pois ele tava muito concentrado, mas o melhor são essas pessoas que aparentemente estão fechadas e de repente olham pra você de dar um sorriso, pronto ali foi a porta que se abriu para fluir toda a conversa que tivemos, conversamos bastante, coisa que o Pedrinho não fazia com freqüência, mas aqueles momentos ali sentado conhecendo mais sobre ele foi muito importante, chegou um momento ate que peguei a muleta dele e comecei a desfilar como a menina tinha me ensinado. Ai foi que ele riu mesmo e foi o passo parar que nosso abraço gerasse.


Nessas aventuras de Rosinha+Palito *.* que a sintonia da dupla estava bem afinada ate o ponto de virarmos uma florzinha, onde tinha uma rosinha e um palito (talo) e um ajudando o outro fez com o que o jogo crescesse, nos escutamos, dividimos, compartilhamos, e que fosse bom para a Pro Jai que compartilhamos varias historias e ensinamentos, onde que sabe naquele dia de aula ela não fosse ensinar seus alunos a fazerem um careta ;DpD*>*@

Agora o Pedrinho tinha missão de colocar uma faixa em um local bem alto, ia ficar nas altas, mas ver um clown em cima de outra pessoa logo se via que não ia dar coisa boa kkkk, mas tudo  ocorreu bem, ia levando um queda na água logo mais a frente onde estava apenas olhando o que tinha dentro daquelas caixinhas no varal, por um fio eu ia me afogando naquele rio cheio de água, respirei controlei e me salvei, logo veio a menina modelo escolher uma caixa para que pegássemos pra ela e tudo passou.

Dar uma voltinha com o carrinho de som e vender CD’s parece fácil, mas não é quando se tem duas pessoas levando o carro e gritando pra vender CD, as pessoas apenas riam e nada de comprar, não fomos bom nos negócios “/  Mas que nos proporcionou essa experiência foi nosso amigo dos CD que estava ali apenas pra ver a resenha que estávamos fazendo, bem ficamos ali parado vendo e nada aconteceu, ficamos sem entender o que era essa resenha. No começo da conversa ele estava meio fechado falando com a mão na boca, no final la estava ele rindo com a gente e querendo que agente fosse jogar com outras pessoas pra ele ver e ele sempre se acabava de rir, nessas brincadeirinhas acabamos conseguindo um dinheirinho emprestado para comprarmos nossos picolés e no fim fizemos uma performance de musicas legendada. PS.: Wando, ainda lembramos que estamos devendo R$2,00 a você e que moramos la onde nós mora. Iremos te pagar. Isso é sério



Jó, o menino das bochechas, véi o que foi aquilo? Foi o encontro mais lindo que tive até esse momento, ver aquele menino de apenas 1 ano e 6 meses no carrinho dançando me chamou atenção, pois é,  ele não apenas fazia isso como sabia a sua idade, seu nome, o nome do pai, da mãe , sabia andar já. E ele que quis sair do carrinho para ficar mais perto de nós, nessa conversa que tivemos ele me mostrou o machucado que tava na sua mão, logo eu beijei a mão dele. Foi lindo querer cuidar daquele garoto e ver ele ali aberto para receber atenção *.* No fim nos direcionamos para o coreto para que pudéssemos descer a mascara. Todos deitados ali com a jarra cheia para que numa próxima possamos enchê-la novamente. NUCLEO DO DIA - JÓ


quinta-feira, 10 de abril de 2014

Rosinha dos Retalhos no Humaniza SUS

Confesso que assumir hoje a função de “monitora” me deixou um pouco nervosa hoje, não tava nem com vontade de atuar, mas não podia deixar meus melhores companheiros do mundo na mão. Já tinha atuado com os novinhos no abraço grátis, mas foi diferente porque não assumi sozinha essa tarefa. Então o jeito foi pegar o nervosismo e transformar em energia. Nos arrumamos numa salinha de consultório, na policlínica em frente a praça, e eu me senti um pouco chata dando uma tia, “não deixa a bolsa no chão”, “o som tá alto”, “não esquece que a gente tá no hospital”, “não esqueçam nada”, “não se percam”, “duas horas de atuação”.

Além dos quatro novinhos também fazia parte da equipe o mais novo integrante da UPI (que nem precisou passar por seleção nenhuma), Adsson, mais conhecido como pai da Pietra e fotógrafo da UPI :).



Subi a energia mais rápido do que imaginei, acho que um tiquinho de nervosismo é fundamental para qualquer atuação, e a disponibilidade dos novinhos de estar ali me ajudou muito também.

O hospital estava cheio demais e não senti muita abertura para jogos naquele lugar, então o jeito foi atravessar um rio (poça de água) esperando os jacarés passarem (carros), para chegar até a praça e encontrar muitos encontros.
Logo de cara encontramos Maria, que estava com as veias das pernas estouradas e que mesmo assim parou para falar com a gente elogiando nosso trabalho, e nada melhor pra começar a atuação do que isso.
Pelo caminho também encontramos duas modelos top model, que deram um show de desfile na praça, ainda tentei pegar aquele charme mas a Rosinha é realmente muito desajeitada.
O grupo era grande e a divisão seria necessária, mesmo sem combinarmos nada ela aconteceu. Passei a maior parte da atuação com Pedrinho, enquanto Mariqueta, Zefinha e Frufruta seguiram juntas.
Atuar com Pedrinho foi lindo, ver o clown dele que antes era mudo desembestar a falar foi ótimo, lembrei que a Rosinha no início também não falava, o que realmente não faz muita diferença, desde que você saiba jogar com outros elementos a voz pode ser colocada em último num encontro.



Encontramos muitas pessoas com três, quatro pernas; apresentamos dois moços que estavam sentados um do lado do outro e não conheciam, e que nós também não conhecíamos; ficamos esperando com a Pró Jay o seu horário de ir pra fila do banco, a pró tímida que disse que não tinha nada a ensinar pra gente acabou aprendendo a fazer careta; tentamos ajudar o moço do carrinho de som a vender algum cd, ele tava trabalhando e parou pra sentar na praça pra ver a “resenha” (não vendemos nenhum cd, porém ganhamos um picolé, nenhuma lógica nisso, mas foi assim mesmo); encontramos o Jó, menino de um aninho, cujo sobrenome deveria ser Buchecha, porque ele tem as buchechas mais lindas do mundo; a técnica de enfermagem que aferiu nossa pressão e auscultou nossos corações. Foi lindo.
Lindo encontrar todas essas pessoas. Lindo ver nosso trabalho exposto em bambolês pra lá de coloridos. Lindo ver como as pessoas admiram nosso trabalho. Lindo sair da atuação morta, mas com a energia transbordando.
Lindo.



Mariqueta Boabunda - HumanizaSUS - 7 e 8 de Abril

                Meu diário de bordo,
você não faz ideia de quantas vezes já comecei e apaguei esse relato. Isso acontece  porque o HumanizaSUS vem ocupando minha semana, me proporcionando diversos momentos de reflexão e atuação que me enchem de pensamentos sobre minha própria vida. Venho de dias difíceis, com problemas que vão e voltam feito um balanço abandonado em movimento por uma criança que brincava por ali - mas se foi. Me pergunto como conseguirei humanizar algo quando, por vezes, me sinto muito pouco atingida com a humanidade alheia, ou ainda quando me sinto tão bagunçada por dentro que mal sei cuidar de mim. Às vezes, é extremamente difícil existir e carregar uma história, carregar sentimentos, carregar o peso de viver com tantas coisas que queríamos que fosse diferente. E eu queria fugir. Fugir de minha vida, fugir de mim.
                Em meio a tantas coisas sufocantes, Mariqueta me surge como um suspiro - breve, porém revigorante. Ela me apareceu três vezes em dois dias. Coitada! Mal sabe o que faz no mundo e, tal qual à vista de um abismo, se joga. A cada atuação, sinto Mariqueta mais Eu - e Eu mais Mariqueta; sinto-a mais madura, mais dona de suas ações, mais consciente do que faz, ainda que pense pouquíssimo em seus atos. Em grande parte, percebo, porque os monitores a fornecem um apoio imenso (e me dão ensinamentos que vão muito além do breve momento clown). Percebo o quão melhor me sinto agora que provei um pouquinho mais das maravilhas do nariz vermelho. Até mesmo acordar 6 da manhã para arrumar as roupas coloridas de Mariqueta, sua sapatilha vermelha de bolinhas brancas, seu cinto florido e os 10 grampos para prendê-lo à cabeça... Ela mal me deixa dormir de tanta ansiedade.
                Foi com esse turbilhão de sentimentos que entrei na Semana de Humanização do SUS. Gostaria de pedir a paciência de todos que forem ler, mas condensei três atuações em um só post por se tratar de um único momento, portanto...

07 de abril de 2014, segunda feira, praça da Misericórdia, Juazeiro-Ba.
                O convite de participar do evento me veio (claro) de Artur, o amado Zeca Aventureiro. Tinha ficado sabendo no dia anterior que iria atuar e (claro) quase não dormi de ansiedade. Além disso, (claro) liguei e tentei chamar todas as pessoas que achava que estavam aqui e insisti para que fossem. Fiz isso todos os dias e todas as horas que pude (claro), porque atuar com muitos lindos é bom demais, e Mariqueta estava morta de saudade de alguns deles.
                Ao chegar ao local, às 7 da manhã,  arrumamos a exposição e partimos para vestir nossos clowns e (finalmente!) subir o nariz. Depois de tanto tempo, fervia de animação... mal sabia eu que era Mariqueta que não se aguentava mais dentro de mim. Em companhia de Pedrinho Palito, Rosinha dos Retalho, Frufruta Doce e Zefinha Laranjeira, Mariqueta Boabunda saiu para as ruas espalhando seu melhor olhar. Foi lá que aprendeu a desfilar com uma linda professora de modelos; a dirigir uma carroça, com um senhor de olhos azuis feito o mar; virou bola para que o famoso jogador Denilson pudesse marcar um gol; ficou desconfiada com muitos fotógrafos que a perseguiam (será que agora era famosa!?); conheceu uma modelo que tinha uma perna com metade do tamanho da outra e, por isso, usava aparelhos que faziam dela, também, uma super-heroína (!); e, por fim, aquilo que mais a marcou: encontrou um rapaz de muletas que dizia ser ex-presidiário, ex-residente da cracolândia, acusado de homicídio e que havia sido atingido por 6 tiros na perna (porém encontrou jesus e agora está tudo ok).

Mariqueta, Zefinha, Frufruta, Rosinha e Pedrinho
                Abraços. Muitos abraços. Abraços apertados, outros mais frouxos, outros mais tímidos, alguns espevitados - contudo, todos vinham de muito bom grado, ainda que alguns tenham exigido um pouco de persistência. E que delícia foi aquilo! Que remédio para a alma e para as tristezas que me acompanhavam. Mal sabiam aquelas pessoas que, um tanto que de modo egoísta, quem mais estava ganhando ali era eu.
                Pela tarde, apenas tirei fotos e aproveitei o espetáculo que foi observar meus amigos clowns atuando. É realmente impressionante o quanto dá pra aprender dessa forma, e, também, perceber o quanto ainda tenho que amadurecer meu narizinho.  Também é interessante a angústia que se passa nesse momento, porque você quer lançar um jogo, quer brincar... mas ali, infelizmente, era Carla - e não Mariqueta.
Que fita estranha, tira até foto!

08 de abril de 2014, terça feira, Juazeiro-Ba.

Manhã, Maternidade.
                Disseram que choveu a noite toda. Eu estava cansada demais para me dar ao luxo de perceber a chuva ou de acordar por conta de um trovãozinho ou outro. Ao acordar, porém, me dei conta do estrago: além de não podermos expor na praça (porque as fotografias seriam estragadas pela água que eventualmente caísse das árvores), o portão elétrico de minha casa havia parado de funcionar - e as fotos estavam guardadas em meu carro. Depois de muita espera, fomos expor e atuar na Maternidade de Juazeiro. Por conta de todo o ocorrido, mal me dei conta de que seria minha primeira atuação em um hospital. Mal me dei conta de que aquilo mudava muita coisa. Mal me dei conta de que, novamente, não fazia a menor ideia de como agir.
                Me joguei.
                Confiei em meus melhores companheiros do mundo. Subi o nariz em companhia de Esperança Sambacanção, Rosinha das Alturas , Zeca Aventureiro, Carmelita das Buchada e Pedrinho Palito, porém apenas os dois primeiros foram os companheiros de Mariqueta naquele momento. 

Mariqueta, Carmelita, Rosinha, Zeca, Pedrinho e Esperança! Lindões!
                Ao contrário do dia anterior, Mariqueta se sentiu muito estranha naquele local. Ao contrário da praça, ali as pessoas estavam extremamente frágeis e vulneráveis. Também, sentiu muita dificuldade em criar jogos, mas entrou em todos que foram propostos à ela. Falou mais alto do que devia, correu mais do que devia, sentou no chão e lá pôs as mãos - e logo depois se ofereceu para segurar um bebê e a mãe quase deu. Mariqueta teve alguns momentos infelizes, porém teve alguns deliciosos, como quando aprendeu como cortar banana da terra de forma que sua barriga não inchasse por 9 meses. Foi uma médica que a ensinou e, boa cidadã que é, contou para todas as moças inchadas o que fazer para não ficar mais daquela forma: não comer mais banana.
                Ao final, porém, encontrou sua maior dificuldade até agora. Eu, Carla, também. Uma mãe chorava com sua filha no colo. O bebê tinha manchinhas vermelhas na face e estava extremamente quieta. Rosinha deu um abraço na mãe, que parecia muito frágil, sozinha, triste, sem esperança. Por falar nisso, Esperança tentou alegrá-la, dizendo que sua filha seria uma estrela (e por isso tinha tantas estrelinhas em sua face), mas a moça só chorava, e chorava. O que fazer!? Eu não tinha palavras, eu não conseguia reagir. Alguém foi dar-lhe o almoço numa quentinha, e, tendo em vista que estava com a criança doente no colo, ficou sem saber como comeria, confusão essa muito visível em seu triste olhar. Foi aí que Carla, como Mariqueta, se ofereceu para segurar o bebê. Ali, no chão mesmo, eu seguraria o dia todo se preciso fosse. Contudo, os outros clowns apareceram e levaram Mariqueta embora. A verdade é que eu queria descer o nariz naquele mesmo momento e ir ajudar aquela moça. Eu queria dizer-lhe que ela não estava sozinha, que eu a ajudaria; mas era tarde demais. Rosinha, ou melhor, Tathyane, me disse que, ás vezes, o melhor que podemos fazer é nos afastarmos, que algumas vezes não teremos como ajudar. Sei que isso é verdade, mas não consigo tirar essa moça da cabeça. Será que eu poderia ter feito mais? Será que elas estão bem? Será que algum dia saberei lidar com essas situações? Como foi horrível...

Tarde, Praça da Misericórdia.
                Um pouco afetada com a atuação da manhã, levamos a exposição de volta para a praça, uma vez que o sol já estava brilhando. E, novamente, fui me preparar para subir o narizinho vermelho que havia me dado tantas emoções poucas horas antes. Tentei deixar essas experiências negativas de lado e apenas aprender com elas, de forma que Mariqueta ressurgiu muito bem disposta, obrigada, brilhando ao lado de Hércules do Encanto, Magali Malagueta, Rosinha das Alturas, Zefinha Laranjeira e Lupita toin-toin, sendo esta a minha melhor companheira do mundo da tarde. 

Rosinha, Zefinha, Lupita, Magali, Hércules e Mariqueta!
                Mal sabiam essas duas clowns que esse seria o melhor momento de Mariqueta até então. Mal sabiam elas que conheceriam um senhor com DiaNoiteBetes (uma doença que se manifesta tanto de dia quanto de noite), dois senhores que não gostavam de futebol porque eram crentes, que encontrariam um bocado de gente da realeza, que aprenderiam o que é reciclagem nas palavras de um Doutor no assunto (ele mesmo catava o material!), o qual vinha de outro país, "as Arábias", e que as ensinou, ali mesmo, a dirigir um tapete mágico. Acabaram rodando em torno do próprio eixo (em um rodeio) e foram-se.

Voando no tapete mágico - e quem dirá que não!?
                Como me senti bem depois desse momento! Mal conseguia falar sobre outra coisa! Como Lupita é linda! Como ela ajudou Mariqueta! Aquela tarde foi tão incrível que ponho um sorriso na cara sempre que penso em alguém vendo três pessoas sentadas em dois pedaços de papelão no meio do centro fingindo voar em um tapete mágico. Em que mundo isso seria possível se não no mundo clown? Impossível não amar um mundo que me permite tudo, inclusive ser feliz independente das amarras do mundo.

Obrigada, Lupita! sz
                Gostaria, também, de utilizar o espaço para agradecer a todos que fizeram a Semana de Humanização do SUS acontecer e ser tão linda, seja com a preparação ou com a organização nos dias do evento. Obrigada, também, por me darem a oportunidade de participar de algo tão incrível, de fazer algo de bom. Obrigada por me ensinarem tanto, pelas palavras de conselho, pelos estímulos, pelos sorrisos, pelas brincadeira, pela Carla melhor, pela Mariqueta cada vez mais brilhante.

Carla Araújo, melhor conhecida como Mariqueta Boabunda.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Esperança Sambacanção - Maternidade de Juazeiro - 8 de Abril

Chuva no sertão (Donaldo Santos Jr.)

Depois que a chuva cai no meu sertão.
Os pássaros cantam alegres 
Que emoção...

Agradecendo ao Criador,
Por trazer esta água abençoada,
Brotando com toda força a invernada...

As árvores agradecem 
e presenteiam nos com sua flor
Que vão brotar novos frutos com sabor,
Alimentando a bicharada
Matando a fome no sertão,
Fazendo brotar vida de montão...

Chuva
Cai abençoada,
Molha nossa terra arada,
Faz essa semente 
Brotar frutos para a vida,
Faz a nossa gente mais feliz...

Nos hospitais da vida, cada um de nós somos semente...


E foi assim, comandados pela chuva, que acabamos felizmente mudando nossa rota, não podíamos mais montar a exposição na praça porque estava tudo molhado, e agora nosso destino seria a maternidade. Preciso assumir que só me dei conta que seria minha primeira atuação no hospital quando já estávamos dentro da salinha da diretoria vestindo nossos trajes, demorei pra digerir a ideia de que, sim, aquela era a minha primeira atuação dentro de um hospital (por mais podada que fosse, mas era...). Minha cara típica de desespero já havia se instalado e meus companheiros como sempre me perguntando se eu estava bem; bom, beeeem, beeeem, beeem, eu não estava não, mas era o que tinha para aquela manhã, quem inventa de entrar na UPI tem que está preparado pra tudo que surge, e é preciso dizer sim muito antes de subir o nariz, os jogos podem começar a qualquer momento, e a gente precisa estar preparado, ou não, eu não estava, mas pulei no vazio.
Combinamos com nossos monitores que não entraríamos nas enfermarias, e que nossa atuação se resumiria as recepções e corredores da maternidade e assim fizemos. Sai na companhia de Mariqueta Boabunda  que como eu procurava se enquadrar naquele novo ambiente, e com Rosinha das Alturas que com toda  a sua leveza esteve conosco em cada momento, dividindo cada jogo e nos deixando ir por onde podíamos; os jogos surgiram de forma muito natural, tivemos contatos com inúmeras pessoas, e na grande maioria elas estavam abertas ao jogo, o que me deixou um tanto aliviado.
 Gestantes, médicas, recepcionistas, enfermeiros, bebês e suas incubadoras, acompanhantes, sorrisos, choros, e sem dúvida muito aprendizado, posso dizer que o primeiro contato com o hospital foi positivo sim, e que venham os outros.
Para o núcleo do dia escolhi “Banana da terra”, uma fruta que as mulheres da maternidade adoram (palavras das próprias) e que quando comem geram uma espécie de inchaço na barriga, que chega a se assemelhar a uma melancia presa no abdômen por cerca de nove meses, mas que se você tirar a semente da banana antes de comê-la, você pode usa-la tranquilamente, sem medo dos efeitos colaterais, (palavras de uma médica que a gente encontrou nesses corredores da vida, e que aqui pra nós, valia mais do que todos seus anéis, sandálias e brincos de ouro.)

“E quando a chuva aparece
Até o pó vira lama
O Galo volta a cantar
O gado come na rama
Tendo chuva, tem fartura
Arroz, feijão e mistura
Toda noite amor na cama

E com chuva no Sertão
A natureza floresce
O sertanejo se alegra
E da mulher não se esquece
Não liga mais pra fraqueza
Nove meses, com certeza,
Menino novo aparece!”


Paulo Gondim

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Roda de Conversa - Doulas, Voluntárias do Parto

 
A Maternidade Municipal de Juazeiro-BA vem trabalhando a humanização no parto desde sua inauguração em Julho de 2010. Em Novembro de 2013 foi inaugurado o Centro de Parto Normal, em concomitância a implantação do Projeto "Doulas - Voluntárias do Parto". Sendo assim, as gestantes usuárias deste serviço são acolhidas pelas  DOULAS, preparadas para cuidar e ajudá-las no momento de dar a luz. A Doula acompanha a gestante durante todo o seu internamento, e tem como principal objetivo oferecer segurança emocional e possibilitar um ambiente acolhedor para que o parto e o nascimento ocorram da melhor forma possível.
 
Sendo assim, propomos realizar na Semana de Humanização uma Roda de Conversa, onde a participação das doulas, usuárias e trabalhadores refletissem sobre os caminhos da Humanização no momento do parto e o papel da doula neste cenário.
 
Inscreva-se, as vagas são limitadas!
 

Semana Nacional de Humanização do SUS

Extra, extra! A Unidade de Palhaçada Intensiva (UPI) tem a honra de te convidar para uma semana especial! Para a Semana Nacional de Humanização do SUS, quando teremos a oportunidade de discutir a importância da Humanização nos serviços de saúde e de conhecer o SUS que dá certo.

Entre os dias 7 e 11 de abril teremos uma programação preparada pela UPI, em parceria com o Núcleo de Humanização e Educação Permanente da Secretaria Municipal de Saúde de Juazeiro-BA, com muito carinho.
Se interessou e quer participar? É muito fácil, dê uma olhadinha na programação detalhada logo abaixo e apareça nos locais do evento. Estamos a sua espera!


07 e 08/04/2014
Atividade: A Humanização em Fotografias
Local: Praça da Misericórdia, Juazeiro-BA
Horário: 08:00 h às 18:00 h

"A Unidade de Palhaçada Intensiva (UPI) é um projeto baseado no consagrado conceito internacional de Palhaçoterapia. O projeto tem por principal objetivo a busca da humanização na formação de novos profissionais de saúde, isto é, formar médicos, enfermeiros, psicólogos e farmacêuticos para o melhor exercício de suas profissões. O grupo atua em ambientes hospitalares, visando estabelecer uma aproximação com crianças, adultos hospitalizados e profissionais de saúde, levando alegria e minimizando o sofrimento, bem como com o saber em saúde e suas rotinas baseando-se em técnicas artísticas circenses e teatro clown.
O presente trabalho descreve a exposição fotográfica de cenas de atividades da Unidade de Palhaçada Intensiva (UPI) registradas no Hospital Universitário da UNIVASF, em praça pública da cidade de Juazeiro-BA. Durante a exposição, profissionais da área da saúde farão orientações à população, haverá um mural para que os participantes expressem suas opiniões, além de conversas com a temática humanização."

Link da Atividade: http://www.redehumanizasus.net/mapa-semana/a-humanizacao-em-fotografias

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09/04/14
Atividade: Jardim do Cuidar
Local: Hospital Materno Infantil, Juazeiro-BA
Horário: 08:00 h Às 17:00 h

"Os hospitais são locais sensíveis, onde se encontram pessoas debilitadas física e psicologicamente, o que demonstra a necessidade de criação de espaços de conveniência confortáveis e agradáveis nesses ambientes, visando o bem-estar de quem passa algum momento por ali. A partir de uma reflexão para repensar os espaços dos hospitais e suas funções, percebe-se que a implantação de jardins pode implicar em benefícios reais, visto que surgem como uma surpreendente alternativa à trajetória dos visitantes, dos pacientes e até dos funcionários, ao tornar o ambiente hospitalar mais agradável. 
Por isso, haverá a implantação de jardins no Hospital Materno Infantil, em Juazeiro-BA, que serão inaugurados durante a Semana Nacional de Humanização, como representação da luta pela humanização dos hospitais do Vale do São Francisco. Esta atividade será realizada mediante a parceria da Unidade de Palhaçada Intensiva (UPI) e a Secretaria Municipal de Saúde de Juazeiro através da Diretoria de Humanização. Propõe convidar profissionais e usuários a participarem do momento do plantio e montagem, bem como o cuidado constante do "Jardim do Cuidar"."

Link da Atividade: http://www.redehumanizasus.net/mapa-semana/jardim-do-cuidar-0

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10/04/14
Atividade: Reencontros de Cuidado
Local: III Centro de Saúde (próximo ao nego d'água"), Juazeiro-BA
Horário: 08:00 h às 17:00 h

"No ano de 2013 foi realizado numa parceria entre Secretaria Municipal de Saúde de Juazeiro-BA e Universidade Federal do Vale do São Francisco, o "Curso de Humanização e Cuidado Integral". Desenvolvido de Abril a Novembro, este foi um espaço quinzenal de formação, auto cuidado e coletividade com 70 profissionais de saúde: ACS's, enfermeiros, dentistas, médicos, assistentes sociais, psicólogos, gestores.
Por meio da Psicologia Corporal (PC), notadamente a análise bioenergética de Reich e Lowen, desenvolveram-se várias atividades com os participantes do curso. A partir dos princípios da PC, vários aspectos do indivíduo eram abordados: o auto cuidado, a individuação, a relação deste com o mundo exterior, incluindo pessoas do seu convívio e relações profissionais. Estes aspectos foram trabalhados, sempre pela perspectiva do indivíduo, buscando acolher os diversos modos de vivenciar e narrar suas experiências.
O trabalho mostrou-se efetivo em produzir e compartilhar cuidado, afeto e pertencimento, fato aferido pelos relatos orais e escritos dos participantes, bem como a melhora nas relações íntimas, pessoais e profissionais.
Sendo assim, na Semana de Humanização propomos realizar a atividade: "Reencontros de Cuidado", com o objetivo principal de reunir os participantes do curso, reativar memórias afetivas do grupo, do corpo e memórias do aprendizado ocorrido ao longo do trabalho de 2013." 
Link da Atividade: http://www.redehumanizasus.net/mapa-semana/reencontros-de-cuidado
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11/04/14
Atividade: Roda de Conversa - "Doulas - Voluntárias do Parto"
Local: Hospital Materno Infantil, Juazeiro-BA
Horário: 08:00 h às 12:00 h

"A Maternidade Municipal de Juazeiro-BA vem trabalhando a humanização no parto desde sua inauguração em Julho de 2010. Em Novembro de 2013 foi inaugurado o Centro de Parto Normal, em concomitância a implantação do Projeto "Doulas - Voluntárias do Parto". Sendo assim, as gestantes usuárias deste serviço são acolhidas pelas DOULAS, preparadas para cuidar e ajudá-las no momento de dar a luz. A Doula acompanha a gestante durante todo o seu internamento, e tem como principal objetivo oferecer segurança emocional e possibilitar um ambiente acolhedor para que o parto e o nascimento ocorram da melhor forma possível.

No fechamento da semana de humanização, faremos uma roda de conversa onde abordaremos o trabalho das Doulas e humanização do parto no Hospital Materno Infantil. No evento será exposto um vídeo institucional de abertura produzido em parceria com a UNIVASF. Em seguida teremos uma roda de conversa com: Luciana Florintino, Diretora Médica do Hospital Materno Infantil Fabíola Dantas Ribeiro, uma doula, uma usuária e um acompanhante. O evento será aberto ao público."

Link da Atividade: http://www.redehumanizasus.net/mapa-semana/os-caminhos-da-humanizacao-na-maternidade-municipal-de-juazeiro-o-papel-da-doula-durante-a-assistencia-a-mulher-em-t