domingo, 17 de agosto de 2014

Esperança Sambacanção - Dom Malan - 01 e 08 de agosto.



Sempre tive um pouco de necessidade de saber se estava sendo feliz no que eu me propunha a fazer. E pra ficar mais tranquilo quanto a isso, criei uma espécie de escala pessoal de felicidade. Agora toda vez que um dia, um evento, uma festa, uma saideira ou coisas do tipo, terminam, eu sempre me pergunto se, se o tempo voltasse, eu faria aquilo de novo, e a resposta varia entre: “com certeza”, “até faria”, “acho que não” e “não mesmo”. Dai a partir disso eu vou percebendo o que me faz bem, o que eu mais curto fazer, o que eu preciso mudar, e vou vendo principalmente pra onde caminhar, ou como caminhar...
Eu acho que faço isso na tentativa de seguir um caminho onde a mistura de obrigação e prazer andem juntas, pra que nenhuma se sobressaia demais, e pra que eu consiga equilibrá-las, porque são necessárias.
Hoje, será um único diário, pras minhas duas ultimas atuações, isso por vários motivos, porque foram um tanto parecidas, porque foram mais por obrigação do que por prazer, porque não foram completas, não foram altas, e principalmente porque eu não sei se eu faria de novo; “acho que não” seria a alternativa escolhida. Ando no anseio por mais encontros, por novidade nos corredores, me encontro limitado dentro do hospital, entende? Acho que o meu maior medo nas atuações era que elas ficassem iguais, que elas virassem rotina, que a monotonia chegasse, e sinto em dizer esse medo agora é real, e ele ta batendo na minha porta...

Núcleo do dia: Esperança no aprofundamento. (em ambos os sentidos.)

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Frufruta Doce - HUT - 22/07/2014

Finalmente um vôo solo.
Eu e minha melhor companheira gêmea iríamos atuar sozinhas!
Ansiávamos por isso; pra nos arriscar no escuro confiando uma na outra e poder aproveitar o caminho.
A noite começou descompassada, mas logo estávamos prontas pra um grande encontro.
No banheiro mesmo, a luz apagada, a energia acumulada. Pulamos, dançamos. Encontramos uma segurança no olhar da outra.
Reestreamos...
E logo encontramos um sorriso tímido no final do corredor. Um homem nos sorria, e mesmo timidamente nos convidava a uma conversa com seu pai, um senhor simpático. Conversamos e conseguimos alguns sorrisos.
Escorregamos pra outro quarto, e nele tinha uma cuidadora e duas senhoras cuidadas pela cuidadora. Perguntamos pra cuidadora se ela cuidava com abraços, porque abraço e carinho são ótimos cuidados! Ela nos disse que não fazia tanto, mas que tentaria cuidar mesmo que com um sorriso, como o que ela nos presenteou.
Uma das senhoras até tava acordada, e brincou muito de olhar pra gente, um olhar que aqueceu minha alma...
Ainda conversamos com gauchos (tcheê!) que gostaram muito da gente e ainda mais quando Frufruta tentava levantar Carnaval, que tava com o bumbum colado na cadeira...
A folia foi tanta que até o quarto da frente se animou!
Mas aí, quando a gente chegou no quarto da frente acabaram nem sendo receptivos... Estavam um tico envergonhados e intimidados... Mas nada que doçura e sapequices não conquistem! Então, depois de até tentarem resistir ao nosso charme, um primeiro sorriso escapuliu e a resistência deu lugar a simpatia.
Quando já estávamos no corredor, nos deparamos com uma convenção de noivas!
Tinha muuuitas moças de branco...
E uma dúvida bem grande pairava nas nossas cabeças de clown: onde elas encontraram tantos noivos? Onde?? Porque a gente tava querando passear por lá também!
Mas nada feito... Ninguém sabia onde se encontrar noivos...
Do outro lado do corredor, em outro quarto reencontramos com novas e antigas amigas, e então nos estendemos numa prosa de amigas! Conversamos, conversamos, e conversamos... Nos elogiaram e tudo! Também tentaram adivinhar quem éramos. Acho que não acreditaram que moças tão bonitas podiam morar no andar de baixo... E ainda jogar a bagunça pra de baixo da cama pra poder assistir desenho animado!
Eita, falando em desenho animado corre que vai começar...

domingo, 3 de agosto de 2014

Marieta Nariguda - HUT - 02/08/2014

 
            Oieee Diário, já vou começar deixando registrado que a atuação que vou descrever a seguir, foi uma das mais incríveis que ocorreram, e que estou imensamente feliz de ter vivenciado essa experiência ao lado dos meus companheiros Sancho e Inês.
             Dessa vez a nossa atuação aconteceu no sábado ao invés das habituais sextas, nos encontramos como de costume e logo percebi que nossa energia não estava tão alta assim, acho que o cansaço da semana entre outras questões contribuíram pra isso. Logo não consegui esperar muito daquela noite, mas não demoraria muito pra perceber o quanto eu estava enganada, pois a noite reservava muitas surpresas para Marieta.
              Tentei ao máximo aumentar a energia para subir meu nariz, o que não foi tão fácil, e isso era algo que Dan ( Inês) também tinha confessado estar passando. Apesar de tudo deixamos os problemas de lado, e saímos do quartinho prontos pra conhecer o pessoal que estava ali, e logo nos deparamos com uma enfermeira conversando no celular, quando ela nos viu tomou aquele susto engraçado que eu particularmente adoro provocar nas pessoas, pra mim funciona como uma prova que de uma forma ou de outra nós conseguimos mudar o dia daquela pessoa fazendo algo inesperado.
              E fomos então ao nosso primeiro encontro, entramos em um quarto que eu gostaria de chamar de quarto do riso frouxo, e quantas lembranças boas me veem a mente ao pensar nas pessoas que estavam ali, elas não sabem o quanto me fizeram bem, principalmente uma moça que tinha uma risada tão contagiante, que facilmente nos levava a sorrir e embalados em tanta alegria as gargalhadas fluíam sem que precisássemos fazer nada de extraordinário.
             Aaah mas a estrela principal desse quarto sem dúvidas era a barriga de Sancho, eita que levantaram várias hipóteses desde de excesso de gostosura, gravidez... até barriga falsa. Até um médico perguntou de quantos meses era a suposta gravidez, a verdade é que nunca rimos tanto juntos, era só passarmos por aquele quarto e as risadas loucas estavam garantidas.
            Só que ainda encontramos muitas coisa, ou melhor reencontramos uma duplinha que já tínhamos visitado um tempo atrás, dois senhores cheio de graças, um nos contou milhares de histórias que arrancava sorrisos de todos, e numa dessas ele acabou revelando o apelido do seu acompanhante. Mas essa revelação deu um grande problema, encontramos o seu amigo no corredor e os chamamos... só que ele negou sua identidade e começou a fugir loucamente da gente, e não é que ele conseguiu sumir mesmo, espero muito encontra-lo novamente para continuarmos a perseguição hahaha!!!
             Espero que noite como essas se repitam, cheias de pessoas que se entreguem ao encontro sem temerem quaisquer coisa, apenas permitam se divertir um pouco fazendo assim com que as horas naquele lugar passem um pouquinho mais rápido, e me façam lembrar o porque vale a pena ser Clown.
 

Diário de Bordo 02-08-2014 Hércules do Encanto

Diário de bordo 03-08-2014
Sim, tem bastante tempo que não te escrevo... Ontem a atuação foi interessante... Antes mesmo de começar recebi uma mensagem: “lembre-se mais cão, menos gato”, claro que quem me mandou sabia que isso tinha algum significado pra mim.
Rever Loy e Nanda pra atuação foi muito bom, se preparar pra atuar é uma coisa um pouco complicada pra mim, se lembrar de porque estou ali, se lembrar de dar o melhor de mim, se lembrar de valorizar o encontro, não se encantar demais com o encanto, acho que minha mente é tão cheia de pode e não pode que quando eu subo o nariz eu não lembro tanto o que pode e o que não pode...
Hum... Os olhos de Lola conquistam aqueles que passam um tempinho olhando pra eles, e todo mundo que a gente parava na sala e não tivesse nada pra fazer, sempre pairava uma vontade de perguntar algo pra Lola e sabiamente ela se tornava muda, ou então agia rodando os olhos, era muito engraçado. Agora bateu a dúvida, será que ela tem mudez paroxística? rs
Enfim, a atuação foi muito boa, senti falta de Toquinho, ela é pequenininha e entra em lugares em que o Hércules tem trabalho pra conseguir chegar... Senti falta de estar com Olivia, mas Loy estava o tempo todo nos guiando de pertinho e ainda nos ajudou a perceber que temos mãos, dedos, cabeça, tanta parte do corpo que ainda não conhecemos ou não usamos, é uma longa jornada e ainda bem que temos uns aos outros para segui-la com todo o cuidado e carinho que temos. É e se não fosse a Lola ali não haveria Hércules, de fato tenho gigantes ao meu lado, gigantes de sorrisos, de olhares, e mestres em tudo que queiram fazer...
Sou Cão não Gato, agi muito por impulso, teve momento em que tinha que ouvir mais. E mesmo que tenha aprendido isso de uma forma ríspida e minha energia tenha caído um pouco, pois ninguém gosta de ser reclamado (eu acho), tudo correu bem, me lembrei que precisava dessa escuta e planejo melhorar ainda mais nisso.
Ah não podia encerrar sem falar de Clarinha, um dos risos mais encantadores que já vi, era simples, curto, bonito, agradável, só não senti cheiro no sorriso, mas se eu fosse colocar um cheiro seria de flor (aquelas flores bem cheirosas e revigorantes). Gostei demais do sorriso dela e do tanto que ela pode me ensinar nesse final de semana.

Até diário...