quinta-feira, 30 de abril de 2015

Juju Esticada - M. de Juazeiro - 27/04/15

“Mais do que as coisas que você quer. Aquilo que é verdadeiramente importante para você, com certeza, surgirá em seu caminho”. (Yoshro Togashi).
         Essa frase define perfeitamente a minha primeira atuação na maternidade de Juazeiro.  Pois, traz uma síntese de tudo que aconteceu naquela segunda-feira. Em meio ao nervosismo, ansiedade e correria da vida cotidiana, consegui aproveitar o caminho na companhia das melhores companheiras do mundo, Vanda Lavanda e Rosinha dos Retalhos.
       Ao subir o nariz, tudo se transformou. Aquele mundo novo e extremamente desconhecido se modificou num instante. As minhas companheiras são as melhores do mundo mesmo, energia total, apenas com um olhar me renovava. Vanda, Rosinha e eu compramos e vendemos vários jogos, a recepção foi ótima.
      Conversamos em libras, desfilamos no corredor, passeamos por diversos quartos. Acompanhamos uma gestante em preparação e espera de parto, comemoramos vários aniversários, afinal, vários bebês tinham nascido naquele dia e em dias anteriores.  E fomos convidadas para sermos madrinhas.
    Foi tudo muito lindo! Mas, no final como nada é perfeito, presenciamos algo bastante desagradável. Ao lembrar-me do que ouvi durante a atuação “vocês trazem felicidade, sorrisos para esse lugar que só tem dor e sofrimento!” Foi bastante significativo, importante para que eu continue disponível para o próximo “se ariscando e se jogando no vazio”. Como diz Antoine de Saint- Exupéry “O que nos salva é dar um passo e outro ainda!”.

Grata às minhas melhores companheiras do mundo Vanda Lavanda e Rosinha dos Retalhos!!!
Obrigado a todos que compartilharam desse dia lindo!


As minhas companheiras são as melhores do mundo!!!


Toquinho de Geres - HU - 23/04/15

Mais um semestre de atuações começa, e começa de um jeito diferente. Agora sou monitora. Mas o q isso significa? Significa que me aprofundei e agora sou mais consciente de mim. Meu corpo está mais vivo, eu estou mais disponível. Também me sinto mais humilde e sensível depois de um ano de experiências. Mesmo com essa "bagagem" eu ainda fico ansiosa pela primeira atuação com novos melhores companheiros. Como será que vai ser com eles?? Sem falar do pesinho extra de carregar o título de monitora. Estar com Fabinho, velhinho dos mais velhinhos, me deu certa segurança ("O que eu não souber fazer, ele faz", pensei comigo kkk). Tentei deixar minhas meninas confortáveis e leves. Joguei pra que elas comprassem até que elas foram ficando a vontade pra jogar, e eu, de volta, comprar. E pegaram o jeito rapidinho! Estou encantada com elas. Na atuação, houve encontros maravilhosos e até uma mulher bem grossa (das mais grossas que já vi). Saí do HU muito feliz e revigorada. Do jeito que a gente só sai quando tem uma atuação incrível.


quarta-feira, 29 de abril de 2015

Anita Pequenita, 29/04/2015, HUT

Querido diário, para não perde o costume o dia começou cheio de agitação, ansiedade e aflição. E a atuação hoje foi "aliviante". E nada melhor do que começar descendo um montanha super ingrime, vulgo escada, para começar o dia. Devo admitir que no primeiro quarto que eu, Zefinha das Laranjeiras, Rosinha das Alturas e O Segurança (kkk) fomos, foi um pouco difícil, mas então, não entendi até agora como, fizemos uma coreografia super ensaiada e sincronizada enquanto a acompanhante Rejane estava cantando, e depois acabamos como um microfone, e tudo começou a fluir, até mesmo Lidiane (guarde esse nome) que também estava como acompanhante entrou no nosso jogo.
Logo após, nós encantamos com um senhor, seu Oseias ou Oseinhas, para os íntimos, que parecia conhecer todas as pessoas de Dormentes e ser amigos deles, isso enquanto comia uma cana de açúcar, e que pareceu florescer depois que começamos a conversar com ele. Também nos encantamos com sua memoria enquanto ele falava vários versículos da Bíblia e pedia para que mandássemos recados para varias pessoas, uma delas Poliana dos Cabelo de Labareda. Poliana, ele mandou um aperto de mão para você e a paz do Senhor (recado dado, ok?)!
E nessa momento conhecemos Nissi, que era da família dos Cordeiros, e não dos Cabritos, nem dos Bodes, e estava nos observando no corredor em frente ao quarto do seu Oseinhas, e então ela pediu para que fossemos no quarto em que ela estava para falarmos com Eron, seu irmão. Eron tinha tido um AVE e estava um pouco debilitado, mas isso nem de longe o impediu de jogar conosco. Ele nos contou historias de terror, falou das festas da sua família (e pedimos tanto que ele nos convidou para "filar a boia"). Entre as historias de terror, ele disse que Lidiane, que estava passando, era uma alma penada, e esta acabou nos acompanhando até o final da atuação e até se escondendo atras de uma parede e nos assustando com um estrondoso "BU" enquanto passávamos.
 Concluindo, O Segurança, nos avisou que estava "batendo as nove" e como não sabíamos o que isso significava perguntamos à todos do andar, e nenhum soube nos informar, até que Rosinha, achou que tinha encontrado e queria que o Segurança "arrombasse" a porta de um quarto #Rosinhaviolenta. Finalmente a atuação acabou com as nossas gargalhadas ao encontrar o "batendo as nove".


Rosinha dos Retalhos - M. de Juazeiro - 27/04/15

É sempre uma sensação nova a cada atuação, a cada semestre que temos que mudar da nossa zona de conforto, dar um rôle com novos melhores companheiros. Mas sempre tive a sorte de me dar bem com todas as novas adaptações.
A primeira atuação com minhas mais novas companheiras foi maravilhosa, perceber o medo e a empolgação da primeira atuação do setor é ótimo!
Espero junto com elas ter muitos encontros deliciosos pelo caminho/setor.

Claro que nem tudo pode ser perfeito, no final nos deparamos com uma cena tensa, em que pude perceber o quanto são fundamentais esses pequenos passos que damos no sentido da humanização da saúde.

Chiquinha Rosa Choque, Dom Malan, 27/04/2015

Querido Diário de Bordo,

Estou muito feliz pelos meus Melhores Companheiros do Mundo! Consigo me sentir completamente segura e a vontade com eles. Estou amando as experiências no hospital e me sinto muito satisfeita ao perceber o meu crescimento como pessoa, a intensa "ressensibilização". Vejo como estou aprendendo a lidar melhor com o erro e a vivenciar a alegria do acerto. Fico contente ao fazer o "Que bom, que pena, que tal" com meus companheiros e ver como conseguimos reconhecer nossas falhas, nossas vitórias e ter sempre a vontade de melhorar. 

Paixão e piolhos resumem esse encontro! kkkkk



Isabel Decibel - HUT - 24.04.15

  Rotina de Segunda+Terça+Quarta+Quinta+Sexta = Só o bagaço!
  O mais esperado seria que naquela sexta à noite eu mal levantasse, mas, surpreendendo a mim mesma, lá estava eu no 2º andar do Traumas. Minhas pernas pediam arrego. Meus olhos estavam fadigados de estarem abertos. Eu sentia medo (quase terror, pavor, vontade de sair correndo) e uma vergonha mortaaal de estar ali.
  Porém, a vontade foi maior. Não sei de onde, mas surgiu em mim um grito desesperado de "Eu preciso combater esse medo! Eu preciso atuar!" e, no conforto dos melhores companheiros do mundo, eu vi o reflexo da confusão que eu sentia e o melhor de mim ganhou forças!  A energia e a memória física brotaram árdua e plenamente! Naquele momento, Lua se completava com Isabel.
  De furico brota flor, de policial brota riso, de olhares brota afeto e de mim brota amor!
  Achar a Paciência; conhecer Consa 1, 2, 3, 4...; entrar em uma parede; indagar por horas com o senhor "B.", componente da dupla Silvio Santos; fornecer esparadrapo contra uma dor de barriga epidêmica; tirar fotos para pessoas presas em um celular; conhecer Seu Otávio (!) e escutar sobre seus 44 netos e as espadas de Bonfim...
 Agrrr... rapadura é doce, mas não é mole não! Ala pós-cirúrgica, à noite. E sabe de uma? Isabel Lua Decibel A-M-O-U!!!! O difícil sempre me atraiu e entender que  fazer graça não é a única saída para fazer alguém se sentir bem é renovador e tranquilizante!

Decibel + Vitamina C + Furacão + Fofolete = Azul (e eu amo azul!)

Status: ansiosa para o próximo round!

Vivi Manteiguinha -Dom Malan - 25/04/2015

Um novo ciclo começa. Mesmo local de atuação, mas tantas situações e pessoas diferentes, que me faz descobrir coisas novas a cada atuação. Novos companheiros também, mas como sempre vão ser os meus melhores companheiros do mundo. Brincamos na fila da sauna, descobrimos a prima da Suzana Vieira que iria nos apresentar no programa da Ana Maria Braga, ganhamos abelhinhas persistentes, que queriam sempre nos picar; nos encontramos com uma senhora muito chique que tomava banho de sol em sua espreguiçadeira e se ventilava com seu maravilhoso leque. Que pena que ela não quis compartilhar sua cadeira conosco, e nem achamos cadeiras para  que pudéssemos aproveitar o sol e o calor daquele sábado a tarde. Por fim só queria falar como foi bom ver a desenvoltura tão natural de Jambalaia e Neuza camponesa, parecia que elas faziam aquilo a muito tempo, e enfim atuar com Bartolomeu Barbudo e ver sua energia e felicidade contagiante. Sai daquela tarde com mais energia e com a expectativa do que está por vir. 


Suzana Caçarola, Maternidade, 26/04/15

Foi a minha primeira atuação, "primeiro" contato com os meus melhores companheiros, confesso que ao chegar lá, me senti extremamente nervosa (não achei que me sentiria assim), mas foi só subir o nariz, que tudo isso sumiu. Como Suzana, esqueci todos os problemas, inseguranças e medos de Jéssica.
Minhas melhores companheiras (Vih e Suzuki) disseram que foi um dia difícil, mas tudo que eu conseguia pensar era: "Foi mágico". Foi mágico ver aquelas novas mamães e todos aqueles "bonequinhos" que tinham acabado de nascer; Foi mágico batizar Gustavo Emanuel. Foi mágico transformar as lágrimas de uma mamãe solitária e louca para levar seu bebê para casa, em um lindo sorriso. Foi mágico ver Creusa Carnaval aprendendo a parir. Foi mágico ser uma celebridade e ter vários paparazzis tirando fotos. Foi mágico "pegar emprestado" o berço para o bebê que não tinha. Foi mágico pegar carona no carrinho de comida. Foi mágico ajudar a faxineira com o lixo. Foi mágico receber vários elogios por aquilo estávamos fazendo. Foi mágico entender que nem sempre vai ser fácil, mas nunca é impossível quando temos os melhores companheiros do mundo ao nosso lado!

Abraços e até a próxima aventura!!
Suzana Caçarola/Jéssica Amaral 

Catarina Polenta - HDM - 27/04/15

Qualquer caminho levava à saída. Mas a cada corredor eu me sentia mais longe dela.
Passamos horas lá, talvez dias. 
Fomos perseguidos, ignorados, quase sequestrados - e quase sequestramos também.
Algumas pessoas não queriam nos ouvir, outras queriam até demais.
Matamos tantos piolhos que conseguimos sair de lá.

Branco vazio.

Catarina Polenta
Ou Stella Bello

terça-feira, 28 de abril de 2015

Pituca Varapau , Dom Malan, 23/04/2015


          
                                     Vamos nos permitir     



      No dia da minha atuação não estava nervosa, estava ansiosa para saber como iria ser, ficava mim perguntando, o que vou achar, será que vou gostar, estou com medo de não gostar, eram tantas as dúvidas que até antes de atuar, disse a Ca e a Dalila meninas possa ser que eu não vá gostar de atuar , mais também não estou nervosa. Deixei acontecer, fluir, pois não adiantava eu ter uma imagem, uma fala para quando eu for atuar , como um texto decorado e Dalila disse no grupo a pura verdade , palhaço pronto é palhaço morto acho que essa era a frase. Genteeee quando saímos do quartinho onde nos trocamos já com o nosso clown , nossa foi mágico eu mim sentia, mais também por outro lado estava um pouco estranha, pois só tinha pessoas que nunca vi na vida rsrsrsr.... Eu andando nos corredores passava na minha cabeça, poxa estou fazendo hoje o que eu tanto queria , atuar no hospital levando um pouco de conforto para as pessoas que ali sofriam com as dificuldades e pra mim vê-las sorrindo, brincando e olhares de esperanças foi maravilhoso. Quando terminamos de atuar eu senti um alivio, uma coisa inexplicável , foi tudo de bom....  o carinho é o melhor remédio 
                  

Romeu Cuscuz, HUT, 28/04/2015


Encontro! Esta palavra resumo o dia de hoje.
O início foi sucinto, o nervosismo não tomava conta de mim, mas a ansiedade sim. Porém, uma ansiedade diferente.
Ansiedade por encontrar um olhar sincero. Ansiedade por cativar alguém. Ansiedade por confortar.
E assim foi!! Encontramos um senhor que nos ensinou a cozinhar, passando diversas receitas. Aprendi q "estralar"(?!) um ovo é frita-lo. E aprendi com propriedade que a "carne" do côco é base para diversas receitas.
O encontro hoje foi impressionante! Uma senhora, reclamou das minhas "ventas" vermelhas, mas adorou a ideia de que estavamos alí proporcionando uma atenção e também, encontramos uma criança. Um rapazinho chamado Caíque, que estava amoadinho, porém com mta vontade de mergulhar nos jogos de seu celular.
Encontro!
Encontro este que trouxe a experiencia alheia para me cativar e observar a delícia não são os olhos e sim um simples olhar!

Ramon Del Tamborete - HUT - Atuação dia 28/04/2015

Querido diário,

"De todo o amor que eu tenho
Metade foi tu que me deu
Salvando minh'alma da vida
Sorrindo e fazendo o meu eu"



Porque a cada atuação eu me descubro mais eu, a cada atuação eu percebo mais de mim mesmo, eu esqueço todo e qualquer problema, eu sou eu verdadeiramente, eu me exponho no meu ridículo e aprendo cada vez mais a amar e aceitar, aprendo a olhar e encontrar. E eu sigo, sorrindo e fazendo o meu eu...

Ramon Del Tamborete 
28/04/2015

Tatá la Bokita, HU, 24/04/2015


         Olá, querido diário de bordo!

Dia 24/04/2015, data inesquecível, minha primeira atuação como Tatá la Bokita. Por incrível que pareça, e eu não esperava isso, eu não fiquei nervosa, pois estava totalmente ansiosa para colocar em prática o que aprendi na vivência. Procurava mentalizar sempre: "depois do erro não há nada", "se joga no vazio" e pronto, fui lá e tentei levar um pouco de amor, de alegria, de olhares e de sorrisos para aquelas pessoas tão lindas que fizeram da minha primeira atuação, a melhor experiência do mundo. Não poderia esquecer dos meus companheiros, os melhores companheiros do mundo. Eles me passaram tanta energia boa, tanta força que seria impossível não amar aquela tarde.
Eu pensava, antes de entrar para o projeto, que o riso seria a nossa meta nos hospitais. Passava o tempo todo pensando, "como eu iria fazer alguém sorrir?", "como ela iria me achar engraçada"?.
Lá eu percebi que o sorriso é, também, muito importante, mas ter a capacidade ouvir cada pessoa, cada história deles, demonstrar interesse por cada um, sem dúvidas, é fazer do outro uma pessoa feliz. Isso, somente com ato de conversar, de ouvir, de se importar. Ações muitas vezes desconhecidas por aquelas pessoas.
Como esquecer da Núbia,a primeira mocinha que veio ao nosso encontro logo que chegamos ao corredor?! Ela queria ficar com a gente. Logo aí, a emoção tomou conta de mim, eu quis abraçá-la,pois eu estava feliz por estar lá, por ser útil. Não poderia esquecer do "Índio", o senhor que nos ensinou tanta coisa em tão pouco tempo, falou da sua esposa, do seu amor por ela, de uma forma tão linda. Daí eu percebi que as minhas sextas serão sextas de aprendizados, de ensinamentos, de amor ao próximo, de reciprocidade.
 Estou completamente apaixonada por todo isso! Que venha mais sextas tão lindas como essa, pois "Agora eu sigo o meu nariz". 

Beijos!!!!

Vanda Lavanda - M. de Juazeiro - 27/04/15

Segunda-feira, dia 27/04/2015, primeira atuação na maternidade de Juazeiro-Ba.

Olá, querido diário!
Hoje ta complicado conversar com você, acredito que a emoção de ontem deve ter determinada parcela nessa situação ainda hoje.
Ontem foi a minha primeira atuação na maternidade, foi a minha primeira atuação em um local "hospitalar" e foi tudo muito ... diferente?! estranho?! novo!! É, tudo muito novo.
Ao chegarmos a insegurança se fez presente e ainda trouxe o medo na bagagem, só pra não se sentir sozinha mesmo. Procurei de imediato conversar com minhas companheiras buscando uma "distração" mas, uuuuuuuuuuuuuuffa,  o que eu recebi foi apoio e companheirismo.
 Nos vestimos e conseguimos subir o nariz JUNTAS, eu, Juju Esticada e Rosinha dos Retalhos, e sem demora nos jogamos num vazio imenso que eram os infinitos corredores daquela maternidade.
Costumamos ouvir muito por aqui que o nosso companheiro é o melhor do mundo, ontem  mais que nunca eu consegui compreender o quanto isso é verdade. A delicadeza de Juju  fazia com que o jogo fluísse de forma delicada e muito carinhosa, o cuidado que ela demonstrava em suas oportunidades de jogo  me faziam querer jogar cada vez mais  com ela, sorte a minha ter a juju comigo, sorte a minha ter a melhor companheira do mundo ao meu lado. Assim como com a juju eu não posso deixar de falar da Rosinha porque sem ela com certeza o jogo não fluiria tão bem, não fluiria mesmo. Foram incontatáveis as vezes que a rosinha me ajudou  subir a energia quando ela teimava em tentar cair, essa atitude de rosinha além de muito admirável é muito bonita, porque rosinha é assim... Rosinha cuida.
A sensação que eu carrego hoje é  de felicidade. Quando lembro que jogamos e cuidamos de uma gestante que estava quase em trabalho de parto só consigo pensar em felicidade. Felicidade por sermos nós que estávamos ali e não um outro grupo, felicidade por aquele momento ímpar em minha vida (acredito que em nossas vidas), felicidade por estarmos dispostas a nos jogarmos neste vazio imenso (que é esta nova experiência) e ainda assim estarmos felizes, muito felizes. Porém esta minha primeira atuação também me fez compreender que o projeto não pode parar, não por nos proporcionar momentos bonitos e de vivencias maravilhosas, mas sim porque muito se deve humanizar ainda. No final de nossa atuação nos deparamos com uma inesperável situação que acabou me abalando muito e a vontade que eu tive foi de descer o nariz, mas a Rosinha e a Juju estavam comigo e me ajudaram (quando digo que elas são as melhores...) e tudo isso me fez repensar sobre a UPI e sobre o quanto esse projeto deve se manter vivo em mim, no meu grupo, no nosso grupo.
Não paremos.

Salete Bronzeada, Dom Malan, 24/04/2015


Sexta, sexta, sexta. O dia mais aguardado da semana por milhões (ou bilhões) de trabalhadores em todo o mundo. Dia internacional de acabar o expediente mais cedo, de protelar as atividades para segunda. Essa sexta já tinha sido uma montanha russa de emoções, e sem dúvida nenhuma, as crianças são os meus pontos fracos. Mais cedo, tinha ido fazer atividades acadêmicas na Casa Anjos da Guarda, e as crianças de lá já tinham mexido comigo de uma forma absurda. Mas, mais tarde e daqui por diante, a sexta é dia de Salete Bronzeada fazer sua aparição no HDM.
O caminho já me reservava muitas gargalhadas, sim, Marimar tem que ser interditada como motorista, risos!!! Depois da versão "Gabi, meu óculos, ninguém sai", fomos nos arrumar numa salinha e lá levei tanta portada que se alguém no hospital estivesse fechado e não quisesse jogar, tudo bem. E esse foi o sentimento. E lá fomos nós, melhores companheiros do mundo...
Houveram vários momentos lindos, vários encontros que ficarão guardadinhos no meu coração para sempre. Passamos por vários setores e dentre um deles, estava o de oncologia pediátrica (e não, não estava emocionalmente pronta para chegar lá), só que para minha surpresa, entramos num quarto de um menininho que estava em todas as redes sociais, por um motivo não feliz, ele precisa de sangue O +, pois está com leucemia, quem tiver, por favor ir ao HEMOPE e doar. Lá naquele quarto, a dor deu lugar a alegria, a lágrima saiu e deixou o sorriso fluir, e em todas as minhas expectativas, nunca esperaria que fosse tão bonito como daquele jeito. Raikivan ganhou lugar no meu coração, das minhas orações ele não sai mais. 
Seguindo o caminho, paramos na oncologia para adultos e lá Salete cantora, ganhou vida, Salete cantou e junto com os melhores companheiros do mundo, o hospital cheio de soros, suor e sangue deu lugar a um palco, onde meus companheiros eram o melhor coro backing vocal do mundo, além de dançarinos, claro! Daí uma mulher veio de lá pra cá e disse: oxe, você é Gabi (confesso que eu parei, e gelei, sim, sou Gabi, mas ali era onde Salete cantava de galo), aí eu fiquei tipo: oxe! E ela: você é Gabi Amarantos (soltei o ar que estava contendo e nem sabia que estava) e seguimos cantando. Ah, diário, ainda é difícil saber como fazer com tanto de cada uma dentro de mim. Mais na frente encontramos um moço que disse que no Lírio a situação estava triste e precisava da gente. Lá chegando, mais uma vez quis ser só e somente só a Gabi, aquela que é ouvida e levada a sério. Uma moça estava com a mama cheia de leite e não conseguia retirar, se tinha uma coisa que eu aprendi com o projeto de extensão de amamentação que fazia, era ajudar aquela moça a aliviar a situação, mais uma vez, obrigada aos meus companheiros que tanto me ajudaram a ensiná-la, sendo só e somente só, Salete. A gente ensinou e outra senhorinha chegou lá e disse: isso é verdade minha fia, eu já sou é bisavó, o que ela tá dizendo tá certo. Ufa!
Diarinho, a sexta foi linda. Que venham mais, e desde já eu comecei a ser feliz sabendo que ela surge no fim da semana.

P.S.¹: Sabendo que só e somente só Salete, não é nada além que só e somente só, Gabi. São indissociáveis e só e somente só, uma.
P.S ²: Jorge/Raimundo, nós vamos sentir sua falta nas próximas atuações.
P.S.³: Jurema e Cassandra, vocês são lindas <3 p="">

Ramon Del Tamborete - Atuação no HUT - 23/04/2015

Querido diário,

“Tu julgarás a ti mesmo – respondeu o rei. – É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio.” - O Pequeno Príncipe.






Muitas vezes um olhar vai mais do que mil palavras, portanto partindo dessa premissa eu conclui que uma observação vale muito mais do mil atuações. Observar Josefina, Linguita e Romeo atuando foi enriquecedor para a minha própria maturidade como Clown, palhaço pronto é palhaço morto, temos de estar em constante mudança e e renovação, e por vezes acabamos repetindo erros ou retomando algumas práticas não tão interessantes ao trabalho de Clown, por isso da importância de ver outros clowns em ação, para se aprimorar e se encher com a energia deles. Obrigado meus melhores companheiros, vocês são de fatos os melhores, vocês foram lindos e vocês me ajudaram muito sem se dar conta.


Rafael/Ramon,

28/04/2015

Linguita dos Queixos- HU - 24/04/2015

Diário de bordo, 24/04/2015.

Passei a semana ansiosa por este dia. Louca pra saber como era atuar no hospital.
Uma semana com feriado não é bem uma semana cheia, mas com a prova que eu tive, logo depois do feriado, foi uma semana bem pesada. E tudo que eu queria e pensava era que, na sexta-feira, tudo já teria passado, eu ia atuar no HU e ficaria tudo bem.
De repente chega a sexta-feira. Mas as horas não passaram. As aulas não acabavam. Não acabavam MEEESMO! Até que acontece algo bem "bad" minutos antes da hora da atuação que me deixa um pouco (muito) irritada, com vontade de bater e chingar a pessoa. Sabe quando você tá bem empolgada com algo e vem alguém bem inconveniente e diz algo que corta o seu barato? Foi tipo isso :/. Mas me contive e fiquei só na projeção.
Isso me fez focar minha energia e tomar uma atitude: Fugi da aula (sim, sou dessas! hahaha) e fui atuar. Subi as escadas do HU feito alguém fugindo de um tiroteio para a professora não me ver. E ela nem viu nem percebeu minha fuga, graças a Deus! haha (espero que ela nunca leia isso). Mas aquele acontecimento ainda estava mexendo comigo. Até que não aguentei e compartilhei com os meus companheiros. Parece besteira, mas, logo que falei, consegui abstrair e minha energia mudou. Obrigada, melhores companheiros do mundo!
Depois disso, foi só felicidade. Subimos o nariz num clima super demais e, de repente, tudo aconteceu. Assim, num passe de mágica (sim, aquela mágica! :) ). Encontramos várias Top Model's; nos divertimos horrores com a cópia feminina do Seu Lunga e Linguita ainda encontrou um ex-namorado que nem sabia que existia rsrs.
Foi demais. Foi lindo. Imaginei que seria bom, mas não sabia que ia ser tão demais. Obrigada novamente aos meus melhores companheiros do mundo: Romeu Cuscuz, Jusefina Perna Fina e Ramon Del Tamborete. Vocês fizeram a minha primeira atuação ser inesquecível, seus lindos <3 b="">.
Beijos e queijos e queixos.
Linguita dos Queixos.

Diário de Bordo - Primeira atuação dos novinhos

Que lindeza... Não tenho outra palavra para descrever esse momento. Foi lindo ver Dani e Gui alçando voos naquele corredor.
Já o momento de preparação e subida de nariz foi emocionante, o quarto estava cheio e a música preenchia os nossos ouvidos. Fizemos um jogo lindo para sair do quarto, o rei e a rainha mandavam e os súditos obedeciam. Vida longa ao Rei! Miguel Céu Aberto “usou e abusou” (num bom sentido) dos seus súditos, Frederico Pau de Arara, Jamaisvista de Listras e Rebeca Pouca Janta.

O momento que mais gostei da nossa atuação foi o policial Wesley e o ladrão de postos, até parece nome de filme. Wesley é um policial boa gente que estava vigiando um quarto, segundo ele o cara lá dentro era ladrão de postos de gasolina e tinha um palhaço tatuado na pele, sim, um palhaço. Mais ele disse que não era a gente que tava tatuado lá não, que era outro tipo de palhaço. Ficamos abismadas com a história ooooh um palhaço no braço. Será que ele era do circo? Era apaixonado por palhaços? Wesley contou a verdade. Foi quase um programa de televisão: MÁRCIA; pessoas que tatuam palhaços no corpo são ... tãtãtãtã

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Jurema das Pamonhas - Hospital Dom Malam - 24/04/15

Lugar diferente, melhores companheiros diferentes e 'posição' diferente. Passei a ser monitora.

Antes desse dia chegar eu ficava pensando sobre a responsabilidade de ser monitora.
O que eu deveria fazer? Como eu deveria agir? Será que dessa forma vai funcionar? Como é mesmo esse hospital?...
Quando enfim chega a sexta, decidi deixar essas dúvidas para lá e fazer como sempre, me jogar no vazio e confiar nos melhores companheiros do mundo! Porque é assim que funciona.

Depois de certos aperreios com a maquiagem e os crachás, é chegada a hora de subir a mascara.
Botamos a cara no mundo e lá estávamos colorindo os corredores. Encontrando as pessoas grandes e as pequenas.Destaco uma pessoa pequena especial especial, que floresceu minha tarde, ele que foi difícil de conquistar, mas teve uma das melhores receptividades.
 Ah como foi leve, como foi tranquilo, como foi bom!
Como a insustentável leveza que sempre é.




Novo local, novos companheiros. E eu me pergunto, por que eu tava preocupada mesmo?

Ju



Jusefina Perna Fina , HUP , 24/04/2015



“Ser cachorro, não gato” Cacá me lembrou muito essa frase no momento em que estávamos nos arrumando pra nossa primeira atuação, ver toda aquela ansiedade e energia em seus olhos me fizeram vibrar por dentro e cair no “branco vazio” esquecendo toda a ansiedade que vem junto com todas as vezes em que vou atuar.
Segunda atuação da semana, porém o nervosismo parecia minha primeira a dois anos atrás, e como eu gosto desse frio na barriga, desse voou de borboletas no meu estômago, faz com que eu me sinta viva e me lembra do tamanho do bem que esse projeto me faz, vejo muitas terças feiras felizes e vibrantes pela frente!
Obrigada melhores companheiros do mundo Romeu Cuscuz, Linguita dos Queixos e Rafael, por encherem minha jarra!

Josefina Perna Fina

Jusefina Perna Fina , HUP , 22/04/2015



Querido diário de bordo... é estranho te chamar assim pela falta que eu vim tendo, mas não havia melhor forma melhor do que voltar a te escrever do que contanto como foi a estreia da mais nova integrante da família Anita Pequenita, foi uma atuação tão sútil, tão mágica... só tenho a agradecer a Tathy que me deu esse presente, me deixando atuar no lugar dela nessa quarta feira, apesar de toda a cólica e inquietação emocional, a atuação me trouxe uma leveza enorme, e assim um novo ciclo começa e o hospital volta a ganhar umas luzes vermelhas em forma nariz por seus corredores cinzas.

Josefina Perna Fina