segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Tina Gatínea, HUT, 15/09/2017

Sempre depois de nossas visitas, é comum fazermos o ritual do "que bom", "que pena" e "que tal". Confesso que não sou muito boa no "que ta"l. O "que pena" já se fez presente algumas vezes que, embora tenham sido desconfortáveis, fazem parte do processo e nos ensinam muito. Mas essa visita me rendeu um "que bom" tão maravilhoso e um sorriso abobalhado no rosto. Lembra do Seu Reginaldo, aquele que, certamente, por conta de sua condição parecia ter sido usurpado de seu eu? Pois então, acho que finalmente o conheci, e isso foi sem dúvidas um dos maiores motivos do meu sorriso naquela noite. Nem a máscara de oxigênio atrapalhou esse encontro. Ter recebido tamanha receptividade, compartilhando seus maiores orgulhos e histórias de uma maneira alegre e empolgada foi a concretização do sentimento de gratidão que às vezes parece raro ou abstrato. Mas não! Ela existe e - nossa! - eu a senti naquele dia. Mais um dia! Mais um dia que pequenas coisas tornam-se grandiosas... Transcrevendo esse momento me surgiu um "que pena", aqui e agora. Que pena que a acompanhante do Seu Reginaldo não era aquela filha do outro dia. Não que a que estava acompanhando-o  não merecesse sentir a alegria de ter presenciado o seu pai com aquele astral. Mas é que aquela, que parecia perdida e inconformada com a situação a qual estava, merecia um afago no coração e um lembrete, informando que seu velho pai ainda está ali, de corpo, alma, histórias e sorrisos. Enfim, acredito que a que ali estava com certeza deve ter compartilhado a notícia que seu pai estava bem e aonde for que a outra estivesse, ela certamente ficou feliz. E a frase passou a ser outra o que os olhos não veem, o coração sente sim! 

                                   Tina e Michel, o companheiro mais estiloso, com o qual eu dividi esse sentimento de gratidão. 

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